Rui Car
02/02/2021 16h56

SC tem 12 suspeitas de reinfecção por Covid-19 em análise, diz Dive

Outros quatro casos que haviam sido enviados ao Rio de Janeiro foram descartados pelo laboratório da Fundação Oswaldo Cruz

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Profissional do Laboratório Central de Saúde Pública de SC segura amostra de um teste de Covid-19 (Foto: Secretaria de Estado da Saúde/Divulgação)

Profissional do Laboratório Central de Saúde Pública de SC segura amostra de um teste de Covid-19 (Foto: Secretaria de Estado da Saúde/Divulgação)

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A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) informou na segunda-feira (01) que aguarda a análise de 12 amostras suspeitas de reinfecção pelo coronavírus. Outros quatro casos já foram descartados.

 

As 16 amostras foram enviadas desde novembro do ano passado à Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro, que é o laboratório referência para o estado. As cidades de residência dos pacientes não foram divulgadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).

 

A reinfecção ocorre quando a pessoa se recupera da Covid-19 e tempos depois adoece novamente. Para confirmar a recontaminação é preciso provar que o código genético do primeiro vírus seja diferente do segundo. Esse código genético é como se fosse uma impressão digital do vírus. Nenhum caso no estado foi confirmado até o momento.

 

Entre os critérios usados para detectar esse caso raro, o indivíduo deve ter dois resultados detectáveis de RT-PCR para o vírus SARS-CoV-2, com intervalo igual ou superior a 90 dias entre os dois episódios de infecção.

 

No país, autoridades de saúde confirmaram cinco casos. O primeiro foi informado pelo Ministério da Saúde em 9 de dezembro. A paciente era uma médica de 37 anos que mora em Natal e trabalha também na Paraíba.

 

Em 11 de dezembro, a SES confirmou que haviam quatro casos suspeitos de reinfecção pelo coronavírus do estado. Todas as amostras foram colhidas em outubro. Já em 14 de janeiro, a Dive confirmou oito casos em análise.

 

G1 SC entrou em contato com a Dive nesta manhã para saber em quais datas as análises foram feitas e processadas pelo laboratório da Fiocruz. Até as 12h10, não houve retorno.

 

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, Santa Catarina tem 578 mil casos confirmados de coronavírus, com 6.363 mortes pela doença, até o último boletim, divulgado na noite de segunda-feira (01).

 

Nova variante

 

Até a segunda-feira, Santa Catarina identificou seis casos suspeitos de variante do vírus. Dois, de origem do Reino Unido, foram descartados. Outros quatro seguem aguardando resultado laboratorial. A variante dos casos em análise é a de origem brasileira descoberta em dezembro de 2020.

 

Em nota, a Dive informou que adota um protocolo para os pacientes de Manaus com Covid-19 que desembarcaram em Florianópolis no domingo (31). Além disso, há uma orientação sobre a conduta das equipes de vigilância em saúde na hora de avaliar os casos suspeitos de Covid-19 no estado.

 

Os profissionais devem verificar o histórico de viagem dos pacientes. “As regiões de risco citadas são África do Sul, Reino Unido e a região Norte do Brasil – Tocantins, Pará, Amapá, Roraima, Amazonas, Acre e Rondônia”, informou a diretoria.

 

O que significa uma nova variante?

 

Segundo a Dive, a presença de mutações é um processo natural na biologia dos vírus. No entanto, algumas delas podem gerar diferenças dentro de um grupo genético que são denominadas variantes. Elas podem representar um impacto na saúde pública caso apresentem um potencial de maior transmissibilidade ou gravidade da doença.

 

Desde a identificação inicial do vírus SARS-CoV-2, o vírus sofreu inúmeras mutações. A variante mais recente é denominada P.1, linhagem B.1.1.28. Ela foi descoberta em dezembro de 2020, quando o Japão a identificou um grupo de viajantes brasileiros

 

Quantas novas variantes do vírus já foram detectadas?

 

Além de Manaus, outras duas variantes também foram reconhecidas no mês de dezembro na África do Sul e no Reino Unido. A Variante VOC 202012/01, linhagem B.1.1.7, p.e., é a que mais parece ter aumentado a transmissibilidade de contágio, comparada com as outras. A outra variante é a 501.V2, linhagem B.1.351, que teve origem na África do Sul.


POR: CAROLINE BORGES – G1 SC

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