Foto: Divulgação / Celesc
Parece assunto repetido, mas mais uma vez, com a proximidade do verão, um velho problema volta a tirar a tranquilidade na região do Vale Norte, que é a interrupção do fornecimento de energia elétrica no ano. Na comunidade, a situação virou um trocadilho e até piada: “Basta molhar o fio, que a energia caiu”. A brincadeira resume o problema, que em parte, é gerado pela pouca manutenção da rede e o uso de equipamentos obsoletos, principalmente nas comunidades de interior.
Umas das queixas da comunidade está na demora para restabelecer o fornecimento de energia elétrica, principalmente nas comunidades de interior. Na ocorrência de domingo, dia 13 de dezembro, por exemplo, a comunidade de Rafael Alto em Ibirama, ficou sem luz até a tarde de terça-feira, prejudicando agricultores e empresários. Até a terça-feira, dia 15, eram 47 casas sem luz.
Os prejuízos ocasionados pelas quedas de energia elétrica, são agravadas pela demora para reestabelecer o fornecimento nos municípios da região. Mas o que está sendo feito para minimizar as consequências dos efeitos climáticos na região evitar desligamentos e minimizar interferência de fatores climáticos em linhas de distribuição? De acordo com o chefe da Agência Regional da Celesc em Rio do Sul, Manoel Arisoli Pereira, historicamente, o período de dezembro a março, registra uma grande quantidade de eventos climáticos que afetam o desempenho do fornecimento de energia, tais como temporais, ventanias e descargas atmosféricas.
Na região do Vale Norte, a principal causa apontada pela Celesc para a interrupção do fornecimento de energia é a queda de galhos e árvores nos cabos da rede elétrica. “O Alto Vale e também o Vale Norte foram atingidos, desde a última sexta feira, com temporais diários e de forte intensidade. Cerca de 80% dos defeitos estão associados a vegetação na rede, e neste ano muito mais associados a cascas de eucaliptos do que propriamente a queda de árvores”, informou o chefe da Agência Regional da Celesc em Rio do Sul.
Aumento de demanda
Conforme o chefe da Agência Regional da Celesc em Rio do Sul, Manoel Arisoli Pereira, a grande demanda de ocorrências fez com que as equipes de manutenção. “Na sexta-feira a noite, tivemos um temporal que afetou Ibirama, Dona Emma, Presidente Getúlio e Witmarsum e José Boiteux. No domingo a noite, outro temporal afetou os 28 municípios do Alto Vale, deixando, 30 mil casas sem energia elétrica. Neste momento (quarta-feira, 16 de dezembro), temos 800 localidades sem energia elétrica. Nossa equipe tem que se deslocar até este local, achar o defeito e religar a energia”.
Conforme ele, a agência trabalha permanentemente para minimizar as consequências dos efeitos climáticos. Outro ponto destacado está na intensificação dos trabalhos de roçada com o objetivo de evitar desligamentos e minimizar interferência de fatores climáticos em linhas de distribuição.
De acordo com levantamento, o Alto Vale possui as maiores áreas de Estado com reflorestamento de eucalipto. “Fizemos trabalhos de roçada no Rafael Alto e implantamos cabos isolados, mas há coisas que não podemos evitar. Uma delas é a queda de árvores na rede, pois se cai um eucalipto e quebra o poste, nossas equipes podem levar um tempo para consertar. A comunidade precisa fazer a parte e evitar o reflorestamento próximo aos fios. Se a comunidade não fizer a parte dela, todo os anos teremos estes problemas”, disse.
Ainda segundo Pereira, para atender a demanda no verão, a Celesc planeja reforçar a equipe na região de Ibirama. “Em ibirama iremos reforçar a equipe para atuar em Ibirama. Vamos colocar uma equipe na madrugada, que vai trabalhar das 23h às 7h da manhã. Isso irá reforçar o que já temos”.
