A prática de adotar uma dupla nacionalidade e atuar por outros países é algo normal e que ocorre de maneira frequente no mundo do futebol. Diversos atletas chegaram até a vestir a camisa de seu país de origem, mas acabaram representando outra nação em competições internacionais.
Existem diversos motivos para que os jogadores mudem de nacionalidade e acabem atuando por outros países. Muitos adotam a medida para ter mais chances de convocações ou para atuar em seleções que sejam mais competitivas e deem condições para obter um melhor resultado em torneios importantes.
Além disso, alguns jogadores foram obrigados a trocar de país de origem por desmembramentos territoriais e também com o surgimento de novas nações. Esses casos ocorreram no início dos anos 90, com a divisão da União Soviética e também com a reunificação da Alemanha.
Se voltarmos no passados, atletas mais antigos também eram convidados por diversas nações para atuar em algumas partidas e, até mesmo, competições importantes como a Copa do Mundo. Esse é o caso de Ferenc Puskás, que jogou o campeonato mundial pela Espanha e também pela Hungria.
Pensando nisso, o SportBuzz separou seis nomes que atuaram por mais de uma seleção durante as respectivas carreiras. Dentre eles estão lendas do futebol como Alfredo Di Estéfano, Michel Platini e também o atacante Mazzola.
Confira a lista:
FERENC PUSKÁS ( Hungria e Espanha)
Nascido em Budapeste, no ano de 1927, Ferenc Puskás foi um dos maiores jogadores de futebol da história. O jogador se destacou pela habilidade e também qualidade na hora de fazer belos gols. Teve passagem importante pelo Real Madrid, onde se tornou um ícone do futebol espanhol até os dias de hoje.
O canhoto atuou pela seleção da Hungria durante dez anos, mas depois foi proíbido de entrar e representar seu país de origem. Com isso, na Copa do Mundo de 1962, foi convocado para atuar pela Espanha e jogou quatro partidas pela Fúria.
ALFREDO DI STÉFANO (Argentina, Colômbia, Espanha)
Di Stéfano durante toda a sua vitoriosa carreira teve a possibilidade de atuar por três seleções diferentes. A primeira que representou foi a Argentina, mas pela camisa de seu país de origem fez apenas seis partidas, mas marcou seis gols .
Depois teve a chance de representar a Colômbia, em sua belíssima passagem pelo Millionarios. Por lá fez quatro jogos e não chegou a balançar as redes. Em seguida foi para a Espanha, onde se tornou ídolo do Real Madrid e da Seleção Espanhola.
Com a camisa da Fúria foram 31 partidas e 23 gols marcados. Durante muitos anos foi o maior goleador da história do país e só foi ultrapassado nos anos 90 por Emilio Butrageño. Mesmo assim não conseguiu disputar Copas do Mundo pelo país, apenas Eliminatórias para a competição.
MAZZOLA (Brasil e Itália)
José João Altafini, mais conhecido como Mazzola, fez sucesso tanto com a camisa da Seleção Brasileira quanto com a da Italiana. O jogador estava no time que foi campeão da Copa do Mundo de 1958, inclusive, foi o autor do primeiro gol canarinho naquele torneio.
No entanto, em 1962, por questões políticas ele não pode representar o Brasil e acabou sendo convidado pelos italianos para representar a Itália na competição daquele ano. Ele aceitou o convite e jogou pela Squadra Azzurra, marcando cinco gols em seis jogos pelo país.
MICHEL PLATINI (França e Kuwait)
Umas das maiores lendas do futebol mundial, Michel Platini tem um currículo de causar inveja e é motivo de inspiração para diversos atletas. O ex-meia da Seleção Francesa participou de três Copas do Mundo pelo país e alcançou um título da Eurocopa.
Mas poucos se lembram de sua breve passagem pela seleção do Kuwait. Na época, o ex-jogador participou de um amistoso para representar o país a pedido do Sheik local. O time perdeu por 2 a 0 para a União Soviética e o francês participou de apenas 21 minutos do confronto.
DEJAN STANKOVIC ( Iugoslávia, Sérvia e Montenegro, Sérvia)
Dejan Stankovic é um exemplo claro das cisões de alguns países que foram originando novos. O importante meio-campista passou pela Internazionale de Milão e participou de três Copas do Mundo com seleções diferentes.
Sua primeira foi com a Iugoslávia, em 1998, a segunda foi em 2006 pela Sérvia e Montenegro. Sua última participação no torneio foi no ano de 2010, quando representou a Sérvia. Com isso, ele se tornou o único jogador da história a jogador por três países diferentes uma Copa do Mundo.
DIEGO COSTA (Brasil e Espanha)
Um dos exemplos mais recentes dessa troca de nacionalidade é o de Diego Costa. O atacante atuou pela Seleção Brasileira por apenas 33 minutos e acabou não tendo mais oportunidades com a camisa canarinho.
Com isso, foi convidado a se naturalizar espanhol e jogar com pela Seleção Espanhola na Copa do Mundo de 2014. O centrovante então topou a proposta e hoje em dia é um dos principais destaques da Fúria. Ele também esteve presente no último mundial da Rússia.
Fonte: Sportbuzz