Rui Car
06/08/2020 15h32

Chape supera início ruim, chega na quinta final consecutiva e crava marca hegemônica na década

Desde 2011, Verdão do Oeste ficou de fora de apenas três decisões do Campeonato Catarinense

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Fonte: Globo Esporte SC

Fonte: Globo Esporte SC

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Cinco decisões estaduais em cinco anos. Algo que acontece em outros territórios do país, com clubes dominantes ou que dividem de maneira bipolar a hegemonia – Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Paraná, Bahia… Não em Santa Catarina, que possui a diversidade transcrita em um grupo de cinco clubes considerados grandes, que sempre iniciam a competição regional como candidatos ao título e proporcionam uma variedade de finais.

 

A Chapecoense, no entanto, reescreve essa história. A vitória nos pênaltis sobre o Criciúma, na noite de quarta-feira, levou o clube para a quinta final consecutiva. Algo que havia acontecido apenas duas vezes em Santa Catarina (e há bastante tempo).

 

Finalistas consecutivos em SC

 

  • Joinville: oito vezes entre 1978 e 1985
  • Chapecoense: cinco vezes entre 2016 e 2020
  • Avaí: cinco vezes entre 1924 e 1928

 

Se considerar os últimos dez anos, são sete decisões da Chapecoense (também em 2011 e 2013). Ampliado o recorte para 15 anos, serão nove finais (acrescenta 2007 e 2009).

 

Em 2020, a conquista da vaga é surpreendente. O clube fez um início de Campeonato Catarinense ruim. Ficou sete jogos sem vencer na competição, duas rodadas na lanterna, e se classificou apenas na última rodada da primeira fase na última vaga para as quartas de final.

 

– É um número gratificante chegar a cinco finais consecutivas. Vamos em busca do título. Por toda dificuldade que enfrentamos na competição, chegamos com mérito, superamos as adversidades. Esperar as datas para chegar forte e conseguir o título para coroar o bom trabalho que os atletas estão fazendo – disse Louzer.

 

Depois do longo período de inatividade por conta da pandemia do coronavírus, o Verdão do Oeste eliminou o Avaí, de melhor campanha até então.

 

– É o acreditar. Falamos aos atletas que tinha que acreditar. Tudo que passamos para chegar até aqui. Era uma oportunidade de chegar em uma final. Muitos não foram para uma final, outros não foram campeões.

 

A vaga para a final foi conquistada nos pênaltis. Durante o tempo normal, derrota para o Criciúma, o que representou a quebra de sequência de oito jogos de invencibilidade do técnico Umberto Louzer no comando do time. Não desmerece o trabalho feito até o momento. É nítida a evolução da equipe desde a troca de comando.

 

Apesar de não ter jogado bem na noite de quarta, a Chapecoense teve organização em campo. Fora o gol, sofrido no início da partida, o time se controlou bem defensivamente – característica sob o comando de Louzer. São apenas três gols sofridos.

 

– Tem a parcela dividida com estafe, comissão, direção, atletas. Todos os envolvidos neste processo, principalmente nos momentos de recuperação dos atletas, fazem parte deste percentual, deste momento que nos traz aqui para disputar uma final.

 

Agora, a Chapecoense controla a euforia de estar na final para estrear na Série B do Brasileiro. No próximo domingo, o Verdão do Oeste entra em campo contra o Oeste, na Arena Barueri. A partida está marcada para as 11h (de Brasília).

 

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