Rui Car
25/10/2019 17h00 - Atualizado em 25/10/2019 14h16

Se sair da prisão, Suzane von Richtofen gostaria de ser pastora, diz revista

O jornalista Ullisses Campbell seguiu a detenta por três dias

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A possibilidade de se tornar pastora seria uma das alternativas estudadas por Suzane von Richtofen para a vida fora da cadeia, quando obter liberdade condicional, já que foi condenada a 39 anos de prisão em 2006 pela morte dos pais.

 

Esse cenário traçado pela revista Época numa reportagem para a edição impressa não é novo: a especulação de que Suzane trilharia esse caminho ocorre desde a revelação de que ela teria se convertido ao Evangelho em 2012.

 

O uso de condicionantes sobre a real situação da mulher que chocou o mundo ao matar os pais, enquanto dormiam, se deve a uma avaliação que a define como “manipuladora e dissimulada”. Assim, é impossível depreender o quanto do que ela diz é verdadeiro.

 

A revista do Grupo Globo aponta que Suzane von Richtofen é “disputada por duas igrejas evangélicas”, e por isso “tem estudado versículos da Bíblia sobre arrependimento”.

 

 

No último dia 10 de outubro, ela conseguiu ser incluída na lista de detentos que teriam direito à “saidinha”: por sete dias ela pode circular na companhia do noivo, Rogério Olberg, que vive em Angatuba (SP), a 360 quilômetros de Tremembé, onde fica a penitenciária em que cumpre sua pena.

 

O jornalista Ullisses Campbell seguiu a detenta por três dias, e revelou que Suzane recorre a técnicas para evitar gestos hostis: “Para não ser reconhecida na rua, recorre a um disfarce. Amarra os cabelos compridos e coloca uma peruca chanel de fios pretos. Quando perguntam como se chama, ela responde: ‘Louise’, seu segundo nome de batismo”.

 

Quando vai a cultos, deixa o disfarce de lado e surge de cara limpa na Igreja do Evangelho Quadrangular Central. Nessa congregação, os fiéis a tratam como se fosse celebridade e posa para selfies ao lado dos frequentadores, relatou Campbell.

 

“Durante a saidinha do Dia das Mães, em maio, subiu ao púlpito e deu um testemunho de 30 minutos sobre arrependimento. Sem entrar em detalhes sobre o crime, contou que matou os próprios pais porque foi seduzida pelo ‘diabo’. Na cadeia, Von Richthofen costuma ler a Bíblia para decorar passagens sobre arrependimento e perdão”, informou o repórter.

 

 

Além da congregação da Igreja Quadrangular, Suzane também frequenta cultos que a Comunidade Moriá realiza na penitenciária de Tremembé. “Ela tem dito que quer ser pastora. Segundo relatos do pastor Euclides Vieira, pretende começar sua carreira religiosa como missionária para só depois fazer pregações”, narrou o jornalista Campbell.

 

A matéria veiculada pela Época enfatiza que Suzane foi classificada como “vazia, infantilizada, manipuladora, desvalorizadora do ser humano, dissimulada e egocêntrica” quando submetida a um teste psíquico, e acrescenta que ela “pode até ter tentado a redenção no campo divino, mas sua fé não convence a Justiça terrena”, e por isso não obtém autorização para cumprir os 26 anos que restam de sua sentença em liberdade.

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