Rui Car
08/01/2020 16h50 - Atualizado em 08/01/2020 16h40

Bolsonaro defende venda direta de etanol para baratear combustíveis

Isso reduziria em no mínimo 20 centavos o custo do álcool, que vai reduzir também a gasolina

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O presidente Jair Bolsonaro defendeu a cobrança do ICMS nas refinarias e a possibilidade de usineiros entregarem o etanol diretamente nos postos de gasolina, sem intermédio de distribuidores, como ideias para a redução do preço dos combustíveis.

 

No entanto, Bolsonaro admitiu que as duas propostas esbarram em resistências e teriam de ser submetidas ao crivo do Congresso Nacional.

 

“Acho que a grande solução, olha a dificuldade, passa pelos governadores: cobrar ICMS do preço do combustível na refinaria”, disse o presidente a jornalistas ao deixar o Palácio do Alvorada na manhã desta terça, reconhecendo a dificuldade de compensar os Estados, já em situação econômica complicada, caso a medida fosse adotada.

 

Bolsonaro citou também projeto em tramitação na Câmara que prevê autorização para a venda direta de etanol aos postos de combustível.

 

“Isso reduziria em no mínimo 20 centavos o custo do álcool, que vai reduzir também a gasolina, porque tem a mistura do álcool na gasolina”, explicou.
 

O presidente participou, na segunda-feira, de reunião no Ministério de Minas e Energia sobre a questão dos combustíveis, mediante temores de impacto no preço em decorrência do aumento das tensões entre Estados Unidos e Irã.

 

O governo brasileiro tem trabalhado na elaboração de políticas para o país não ficar refém de problemas gerados pelas altas nos preços do petróleo.

 

Ao mesmo tempo, o Executivo busca garantir que a Petrobras tenha liberdade para estabelecer os preços dos combustíveis enquanto é monopolista no refino do Brasil, disse o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a jornalistas.

 

Na segunda-feira, o preço do barril de petróleo ultrapassou os US$ 70 em Londres pela primeira vez desde setembro, mas depois cedeu. A disputa entre Estados Unidos e Irã está provocando temores de que um conflito mais amplo possa atrapalhar o abastecimento do Oriente Médio, que fornece quase um terço do petróleo do mundo.

 

Bolsonaro reconheceu que uma eventual alta impactaria a inflação e no preço do frete, mas disse o governo adota o livre mercado. (Informações Exame)

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