Atualmente sinalizada e em boas condições, Serra da Santa já foi lugar de tragédias

Já no começo da Serra, há trechos remendados no asfalto e irregularidades na pista. Na subida, uma terceira faixa ajuda a desafogar o trânsito causado muitas vezes por caminhões pesados. No trecho mais íngreme, que vai do km 191 ao km 195, não há acostamento.

A subida da Serra vai revelando aos poucos um cenário ainda mais bonito. Mas as curvas, fechadas e uma atrás da outra, já foram palco de tragédias. Foi numa delas que, em janeiro de 2000, um acidente entre dois ônibus deixou 39 pessoas mortas e mais de 40 feridas.

“Toda vez que a gente passa aqui lembra. Subindo ou descendo a serra a gente lembra. É uma coisa que realmente marcou”, disse o gerente comercial Jairo de Liz.

De lá para cá, muita gente também perdeu a vida naquelas curvas. Para reduzir essa estatística, o departamento responsável pelas rodovias federais diz que vem investindo em sinalização e recuperação de depressões. Quem passa pelo ponto mais perigoso, percebe a diferença.

“Anteriormente a pista era bem defeituosa, bastante esburacada. Hoje em dia melhorou bastante, até porque houve recapeamento da pista de lá para cá, guard-rails foram renovados. Apesar de terem retirado os radares, mesmo assim os acidentes diminuíram bastante. Então creio que melhorou muito”, disse o advogado Rodrigo José Kormann.

No meio da Serra, uma das poucas possibilidades de parada é onde fica a imagem de Nossa Senhora da Salete, que dá nome à serra. É nesse local que muitos fazem suas orações, acendem velas, pedem proteção.

No ano passado, a Serra teve 30 acidentes, com 35 feridos e uma morte. Este ano, até agora foram 10 com 9 feridos e nenhuma morte.