Rui Car
03/12/2019 11h11 - Atualizado em 03/12/2019 10h23

Alto Vale já registra 34 novos casos de AIDS em 2019

Trabalho de conscientização sobre o uso do preservativo está sendo realizado para tentar diminuir esse número

Assistência Familiar Alto Vale
Por: Luana Abreu - Jornal Diário do Alto Vale

Por: Luana Abreu - Jornal Diário do Alto Vale

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Neste domingo (01), foi celebrado o Dia Nacional de Combate a AIDS, infecção causada pelo vírus HIV. A doença registrou somente neste ano 34 novos casos no Alto Vale. Em Santa Catarina, cerca de 2,2 mil casos são registrados todos os anos.

 

O público masculino com idade de 16 a 39 anos, foi o mais infectado pela doença neste ano. Segundo dados da Policlínica de Referência Regional de Rio do Sul, 22 homens descobriram a doença em 2019 no Alto Vale. O HIV tem um período de incubação prolongado, e por isso os sintomas podem demorar a aparecer.

 

De acordo com o enfermeiro chefe da Policlínica, Alex Sandro Oliveira, alguns trabalhos de prevenção e conscientização estão sendo promovidos. “No domingo, que foi o Dia Nacional de Combate ao HIV, nós estivemos no parque Harry Hobus, em Rio do Sul, distribuindo folders e preservativos para as pessoas”, conta. Além disso, nesta quinta-feira (05), todas as unidades básicas de saúde dos municípios do Alto Vale estarão trabalhando com foco na realização de testes rápidos de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). “Os exames identificam doenças como a Aids, Sífilis e as Hepatites B e C”, explica.

 

Vírus HIV em Santa Catarina

O último boletim epidemiológico HIV/AIDS, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Santa Catarina, traz dados sobre a doença. O levantamento aponta uma queda de novos casos de AIDS a partir de 2016, chegando a 2.107 naquele ano e a 1.851 no ano seguinte, 2017. Desde 1984 até junho de 2018, foram confirmados 47.461 casos de AIDS no estado.

 

A partir da infecção pelo vírus, o organismo passa pela fase aguda da doença, quando o sistema imunológico começa a ser atacado. A pessoa pode viver anos sem sentir nada, e enquanto isso, o vírus se reproduz e continua atacando as defesas do organismo. O HIV é encontrado no sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno das pessoas infectadas.

 

Nos últimos 33 anos, Santa Catarina registrou 12.640 óbitos tendo como causa básica HIV/AIDS. A taxa de mortalidade da doença continuou em crescimento até 2009, mas de 2010 a 2017, teve uma redução de 32%. Partindo de 10,5 óbitos por 100 mil habitantes em 2009, o índice chegou a 7,2 óbitos em 2017. Mesmo com a redução, a média de Santa Catarina de 2017 é superior à nacional, de 5,6 óbitos por 100 mil habitantes.

 

Pelo Brasil

No Brasil, o último relatório do Ministério da Saúde sobre o tema apontou que em 2017 foram diagnosticados 42.420 novos casos de HIV e 37.791 casos de AIDS. Desde 2012, porém, os números em relação à AIDS têm diminuído, passando de 21,7 por 100.000 habitantes para 18,3 em 2017, um decréscimo de 15,7%. Segundo o Ministério da Saúde, essa redução na taxa de detecção tem sido mais acentuada desde que o protocolo Tratamento para todos foi implementado em 2013.

 

A distribuição proporcional dos casos de AIDS, identificados de 1980 até junho de 2018, mostra uma concentração nas regiões Sudeste e Sul, de 51,8% e 20,0% do total de casos, respectivamente. Nesse período de quase 38 anos, foram identificados 926.742 casos de AIDS no Brasil.

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