Rui Car
22/04/2018 10h00 - Atualizado em 20/04/2018 15h13

Wenger já recusou, para ficar no Arsenal, propostas de Real, Bayern, PSG, Manchester United e mais

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A era Wenger tem data para acabar. Nesta sexta, o Arsenal anunciou que o treinador deixará o clube ao final de sua 21ª temporada à frente do time londrino. E nesses longos anos, o comandante francês recusou muitas propostas para continuar em Highbury.

 

A primeira ‘tentação’ veio em 2001, quando Alex Ferguson anunciou que se aposentaria no ano seguinte. Wenger recebeu o contato do Manchester United, mas recusou.

 

“Eu sempre me pergunto. Sim, claro que o Manchester United era atrativo. Mas eu estou feliz aqui? A resposta era sim”, refletiu, como reproduz o jornal inglês Mirror.

 

Três anos depois, chegou uma sondagem ainda mais sedutora. O Real Madrid de Florentino Pérez cresceu os olhos após o invicto título da Premier League, mas o bom momento no clube londrino falou mais alto. “Não tenho desejo de sair daqui”, disse.

 

O time merengue ainda buscou a contratação do francês em outras duas oportunidades: 2006 e 2009. Na primeira, o candidato à presidência Villar Mir se impressionou com o vice-campeonato na Champions League, chegou a oferecer um contrato e construir sua campanha ao redor da figura de Wenger, mas não foi eleito.

 

Na segunda, foi novamente Florentino Pérez quem tentou levá-lo para Madri. “Real é o meu time de infânica. Quando eu era criança, assistia àqueles caras de branco, ganhando tudo, claro que sou atraído pelo clube. Mas tenho um pacto com os jovens deste time, e quero ter sucesso com essas apostas”, recusou Wenger.

 

No mesmo ano, o Bayern de Munique também foi atrás do treinador para substituir o recém-demitido Jurgen Klinsmann. O dirigente da equipe bávara, Uli Hoeness, admitiu o contato. “Ele sempre se manteve leal ao Arsenal, o que é um comportamento fantástico. Mas é verdade que quisemos ele no Bayern algumas vezes”. Ainda em 2009, também houve especulações de interesse do Manchester City.

 

Já em 2012, o PSG se reuniu com Wenger. O dono do clube, Sheikh Hamad Al Thani, encontrou o comandante do Arsenal e discutiu uma possível contratação. “Eu conheço bem os donos do PSG, mas sinto que eu sempre me mantive leal ao Arsenal porque eu penso que é um clube que tem as qualidades que eu amo”, disse o francês sobre sua recusa ao Paris.

 

Quatro anos depois, não foi um clube, mas uma seleção que bateu na porta. Após o fracasso na Eurocopa de 2016, a Inglaterra teria o convidado, segundo o próprio sugeriu quando foi perguntado sobre o assunto em coletiva. “Sim, mas eu penso que mostrei respeito aos meus contratos e considero muito a lealdade. Sempre fiz isso com o Arsenal e tenho mais um ano de contrato, então não estava disponível de qualquer forma.”

 

Por fim, em 2017, uma proposta surreal. Se o clube não era tão atrativo – a proposta vinha da China – os valores divulgados pela imprensa inglesa eram absurdos. Seriam 30 milhões de libras por ano para Wenger, o que daria num salário mensal de quase R$ 12 milhões por mês. Wenger, porém, como sempre fez, recusou e manteve sua lealdade ao Arsenal.

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