Aliviado com a permanência na primeira divisão do Campeonato Espanhol do Valladolid, clube que comprou, o ex-jogador Ronaldo teve uma entrevista publicada nesta terça-feira pelo jornal inglês Financial Times. Entre declarações sobre sua vida como homem de negócios e memórias de quando jogava, como da convulsão antes da final da Copa de 1998 e de como não dormiu na véspera da conquista do Mundial em 2002 por receio de que o episódio se repetisse, o Fenômeno disse que não se importa com quem o criticava pelo sobrepeso:
– Existem mobilizações para muitas coisas. Se você é negro, se é gay… Não me lembro de ninguém que me defendia quando me chamavam de gordo. Não me importo – disse, de acordo com o jornal inglês.
Ronaldo no lançamento da nova camisa do Corinthians, no fim de abril — Foto: Marcelo Braga
O ex-jogador também deu outras declarações sobre a vida fora de campo. Pai de quatro filhos, o mais velho de 19 anos e a caçula de nove, Ronaldo disse que fez vasectomia, mas que, se quiser ter mais herdeiros, isso não é um obstáculo.
– Congelei esperma suficiente para ter uma equipe de futebol se a minha mulher quiser – disse.
Ronaldo com a namorada Celina Locks no Masters 1000 de Madri, na semana passada — Foto: REUTERS/Sergio Perez
Questionado se não teria aproveitado todo seu potencial por “gostar de festas”, o craque explicou como agia.
– Minha prioridade sempre foi o futebol, então, não me arrependo do que fiz. Os jogadores de futebol são jovens. Eles querem sair, namorar. Coisas normais para os jovens, especialmente quando você tem dinheiro – disse.
Na entrevista, Ronaldo chegou a usar Messi para uma comparação, quando foi perguntado sobre o problema que teve na final da Copa de 1998.
– Não foi o meu melhor jogo naquele dia, mas lutei e corri. Tem dias em que não se sente bem. Em outros, é o oposto. Difícil de explicar. Vejam Messi no Barcelona e Messi na Argentina. É um jogador completamente diferente. Não é fácil jogar um grande torneio pela sua seleção. Ali jogam os melhores do mundo – afirmou.