Rui Car
11/07/2019 12h30 - Atualizado em 11/07/2019 08h56

Quem é Wesley Moraes, a contratação mais cara da história do Aston Villa?

Brasileiro nunca jogou profissionalmente no Brasil e estava no Club Brugge, da Bélgica

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Eslováquia, Bélgica e… Premier League! A maior contratação da história do Aston Villa é brasileiro e pouco conhecido por aqui. Wesley Moraes atuava no Club Brugge antes de se transferir para o time de Birmingham nesta janela de transferência, em negócio que girou em torno de € 25 milhões (R$ 105 milhões). Mas, afinal, quem é Wesley?

 

Natural de Juiz de Fora, Minas Gerais, o centroavante de 22 anos é uma daquelas clássicas histórias de jogadores que não chegam a jogar profissionalmente no Brasil e tentam a sorte logo cedo no exterior. O primeiro clube do jogador de 1.91m foi o Trencin, da Eslováquia. Depois de uma temporada por lá, o jogador foi para o Club Brugge, da Bélgica, onde virou ídolo. Agora, Wesley realiza o sonho de jogar na Inglaterra, em uma das ligas mais badaladas do planeta.

 

– Graças a Deus, essa oportunidade chegou. Um passo à frente na minha carreira. Agora, é procurar me adaptar o mais rápido possível e ajudar o Aston Villa com gols. Era um desejo meu de vir jogar na Inglaterra e o Aston Villa me proporcionou isso. Estou muito feliz – disse.

 

Wesley Moraes em um dos primeiros treinos pelo clube inglês — Foto: DivulgaçãoWesley Moraes em um dos primeiros treinos pelo clube inglês — Foto: Divulgação

Wesley Moraes em um dos primeiros treinos pelo clube inglês — Foto: Divulgação

 

A transferência do jogador para os Villans também foi a maior venda da história do futebol belga. Pelo Brugge, o atacante disputou 130 jogos, marcou 38 gols e deu 14 assistências. Foram quatro taças: dois Campeonatos Belgas (2015/2016 e 2017/2018) e duas Supercopas da Bélgica (2016/2017 e 2018/2019). Além disso, Wesley foi eleito duas vezes o melhor jogador jovem da Bélgica, em 2017 e 2018, e virou xodó da torcida.

 

– Foram anos incríveis, os melhores que eu tive até hoje na minha carreira. Eu só tenho a agradecer ao Brugge, à diretoria e aos torcedores pelo tempo que eu passei lá. Conseguimos ser campeões da Supercopa e do Campeonato Belga duas vezes. Existe um carinho imenso da torcida comigo e meu com eles, e isso vai ficar sempre – contou.

 

 

Wesley em ação pelo Club Brugge — Foto: Photo News/Club BruggeWesley em ação pelo Club Brugge — Foto: Photo News/Club Brugge

Wesley em ação pelo Club Brugge — Foto: Photo News/Club Brugge

 

Carta de recomendação do técnico da Bélgica

As boas atuações por lá lhe renderam uma carta de recomendação escrita pelo técnico da seleção da Bélgica, Roberto Martínez, indicando o jogador para a organização da Premier League. Agora, o atacante chega a um dos clubes mais tradicionais da Inglaterra, que já foi campeão da Champions League na temporada 1981/1982 (quando o torneio ainda se chamava Copa dos Campeões) e que tem John Terry, ídolo da seleção inglesa e ex-capitão do Chelsea, como auxiliar-técnico. A pressão por ser a contratação mais cara da equipe, no entanto, não abala o jogador.

 

– Em todo time que eu passei, existia pressão. Não tem essa de recorde de transferência. Tem que esquecer o dinheiro e pensar no futebol, porque não é o dinheiro que faz o futebol, e sim o contrário. É um clube tradicional, muito grande e muito organizado, e espero corresponder dentro de campo – afirmou o centroavante.

 
 

Wesley Moraes com o prêmio de "Promessa do Ano" — Foto: DivulgaçãoWesley Moraes com o prêmio de "Promessa do Ano" — Foto: Divulgação

Wesley Moraes com o prêmio de “Promessa do Ano” — Foto: Divulgação

 

Fã de Ronaldo Fenômeno e Mario Balotelli, Wesley começou aos seis anos no futsal e chegou a fazer testes no Cruzeiro e no Atlético Mineiro. Depois, foi parar nas categorias de base do Itabuna, da Bahia, onde teve boa sequência de jogos, que o fizeram viajar para o outro lado do mundo e assinar o primeiro contrato profissional, aos 17 anos, com o Trencin, da Eslováquia. Mas, para quem ainda não o conhece aqui no Brasil, ele mesmo faz questão de definir o seu estilo de jogo.

 

– Eu saí muito cedo do Brasil, não cheguei a jogar no profissional de nenhum clube brasileiro. Se eu tivesse que me definir diria que sou um atacante forte, com um bom chute. O pessoal acha que eu não sou rápido por causa da minha altura, mas sou também. Mas agora o pessoal do Brasil vai poder me acompanhar melhor na Inglaterra – brincou.

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