A situação de Montillo é delicada. O jogador, de 33 anos, ficou sete minutos em campo na derrota contra o Avaí, na última segunda-feira, antes de ser substituído com dores na panturrilha direita. Nesta terça, ele foi liberado do treinamento da equipe, no Engenhão.
O contrato do argentino vai até dezembro e, caso a lesão seja grave, existe a possibilidade de rescisão do vínculo. Ele teria declarado a pessoas próximas que está cansado dessa situação.
Montillo tem um salário de R$ 400 mil, o maior do elenco, enquanto a diretoria tenta enxugar os gastos e evitar novas despesas. Por isso, uma rescisão, se for pedida pelo jogador, seria possível.
O argentino ainda fará exames para diagnosticar a gravidade do problema. Pode ser a quinta lesão dele nesta temporada.
As seguidas lesões claramente o afetam. Ele já demonstrou, em redes sociais e entrevistas, seu descontentamento por ficar tanto tempo fora de ação, e reclamou de xingamentos contra seus familiares. Ele disse também que nunca teve uma sequência de lesões como essa na carreira.
A decepção já o levou a oferecer a devolução de salários para a diretoria. A proposta foi prontamente negada pela direção do clube.
Em termos de números, a temporada fraca fica clara: o argentino entrou em campo em 18 partidas nesta temporada e marcou um gol (num amistoso contra o Rio Branco-ES, em janeiro). Antes de segunda-feira, sua última partida como titular fora em 2 de abril, contra o Resende, pelo Estadual.
O departamento médico do clube sempre tratou o caso do argentino com muito cuidado, especialmente pelo fato de ele vir do futebol chinês, onde o ritmo da temporada é outro. Segundo pessoas do clube, era preciso tempo para ele se readaptar à sequência exaustiva de jogos característica da temporada brasileira.