Rui Car
17/01/2018 14h00

Usuários de cigarro eletrônico têm chance maior de começar a fumar cigarros convencionais

Cientistas da Universidade da Califórnia, em São Francisco descobriram

Assistência Familiar Alto Vale
Yahoo!

Yahoo!

Delta Ativa

Adolescentes que usam cigarros eletrônicos têm maior probabilidade de começar a fumar cigarros convencionais, no período de um ano, de acordo com uma nova pesquisa.

 

Cientistas da Universidade da Califórnia, em São Francisco (UCSF), analisaram dados coletados por uma amostra nacional de mais de 10 mil não-fumantes com idades entre 12 e 17 anos.

 

Eles descobriram que aqueles que usavam produtos alternativos ao cigarro convencional, como os cigarros eletrônicos e os cigarros sem fumaça, tinham uma probabilidade maior de começar a fumar cigarros convencionais do que aqueles que não consumiam nada.

 

“Nós descobrimos que os adolescentes que experimentavam qualquer forma de tabaco, apresentavam um risco maior de fumar no futuro,” disse o autor principal Benjamin W. Chaffee, professor da UCSF.

 

“Nos últimos anos as pesquisas focaram o potencial dos cigarros eletrônicos de atrair adolescentes que nunca haviam fumado para o consumo de tabaco”.

 

“Nossas descobertas confirmam que o uso de qualquer tipo de produto com tabaco, incluindo os cigarros eletrônicos, charutos, cachimbos de água e cigarros sem fumaça, está associado a chances maiores de consumo de cigarros convencionais no futuro”.

 

A pesquisa da UCSF foi baseada em dados de mais de 10 mil participantes do estudo Population Assessment of Tobacco and Health, e nenhuma delas havia experimentado um cigarro.

 

Os produtos alternativos contendo tabaco ganharam popularidade nos últimos anos, com quase 4 milhões de alunos do ensino médio usando-os pelo menos uma vez em 2016, de acordo com o estudo.

 

É comum ver os adolescentes experimentarem o cigarro convencional, em idade precoce, com estudos anteriores mostrando que 90% dos fumantes adultos fumaram seu primeiro cigarro antes dos 18 anos.

 

Os resultados da pesquisa foram publicados na JAMA Pediatrics.

 

 

 

Olivia Petter

The Independent

Justen Celulares