Rui Car
19/03/2020 22h35 - Atualizado em 19/03/2020 22h38

‘Todos os casos de tosse, dor de garganta, e febre, terão que ser tratados como coronavírus’

A intenção do governo federal é descentralizar a saúde nos municípios

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Novas medidas passam a ser adotadas pelo governo federal em combate ao coronavírus e apresentadas para o sistema de saúde pública. Os processos de atendimentos sofrerão alterações por meio da descentralização dos atendimentos aos sintomáticos. O sistema está aberto desde esta quarta-feira (18), para ampliação de atenção primaria.

 

 

Em coletiva na tarde desta quinta-feira (19), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que o país começará a trabalhar com triagens mais rápidas e atendimentos com pequenos contatos nas unidades de saúde. “A partir de agora, todos os casos de tosse, dor de garganta, e febre, terão que ser tratados como coronavírus. Gripes comuns serão tratadas como coronavírus”, afirma.

 

 

Segundo o secretário de vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, o país tem aprendido com o mundo ocidental. “Tentar transformar o pico que temos visto em alguns países em um morro. Para isso, casos leves serão atendidos e medicados. Vamos tratar todos os casos gripais como influenza. Principalmente porque no outono e inverno, os nossos índices hospitalares aumentam muito em todo o Brasil. Se conseguirmos diminuir o número de influenza, vamos aumentar o número disponível em nosso sistema”, detalha Oliveira.

 

 

As pessoas com sintomas não devem recorrer aos hospitais nem procurar as emergências, mas aos postos de saúde. De acordo com o ministro, a prevenção é o melhor caminho. “Cerca de 80% dos casos são leves, idosos são mais vulneráveis. O isolamento domiciliar é a principal medida para a redução da transmissão. Por isso, os contatos domiciliares também seguem o mesmo isolamento. Primeiro na educação se não resolver vamos partir para a obrigação”, reforça.

 

 

A ação após diagnosticados e sendo casos leves, o paciente deverá permanecer 14 dias (do início dos sintomas) isolado, com monitoramento a cada dois dias talvez e as pessoas que vivem no mesmo ambiente deverão permanecer em isolamento também. O secretário usa um exemplo de uma casa com três pessoas. “Se eu fosse um caso, os outros dois de casa passam a receber também atestado. Quem for identificado como caso grave, será estabilizado antes”, pontua.

 

 

Fonte: Notisul

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