Um senhor de 50 anos, morador de uma localidade do interior de Aurora, apresentou sintomas de dengue no final do mês de março, a primeira coleta foi realizada e veio com o resultado positivo. Como o morador não havia viajado para áreas de proliferação do mosquito e da doença, e, próximo a residência dele haviam sido encontradas larvas do mosquito Aedes Aegpty, transmissor da dengue, a Vigilância Epidemiológica do Estado pediu que se fizesse uma nova coleta, havia suspeita de que esse poderia ser o primeiro caso autóctone de transmissão da doença, ou seja, a doença teria sido contraída no próprio município.
Segundo a enfermeira responsável pelo posto de saúde de Aurora, Ana Paula Sebold Zimmermman no município nunca foi encontrado mosquitos transmissores da dengue e sim larvas em locais com acúmulo de água, por isso não é considerado um município com infestação, e, esse protocolo de recoleta em casos de pacientes com sintomas e que não tenham viajado sempre existiu. “Em um primeiro momento o exame deu positivo e no exame de contraprova, deu negativo. Isso pode acontecer por várias hipóteses, existem outras doenças agudas como a leptospirose, Covid-19, citomegalovírus e toxoplasmose que pode acontecer um cruzamento anti-higiênico no resultado do exame e pode apresentar um falso positivo. Isso nos dá tranquilidade para dizer que o paciente testou negativo pra dengue, não temos casos autóctones no município”.
Os sintomas da Dengue, da Covid-19 e da leptospirose são muito parecidas e podem causar confusão na hora do diagnóstico como explica a enfermeira responsável pelo posto de saúde de Aurora, Ana Paula Sebold Zimmermman. “Os sintomas aparecem com um febre alta inespecífica, dor no corpo e articulações, dores de cabeça agudas, são sintomas múltiplos e podem servir e ser hipótese diagnóstica para várias doenças. Foi o que aconteceu com esse paciente, como ele tinha inúmeros sintomas fizemos a coleta para várias doenças, faltando os resultados apenas de citomegalovírus e toxoplasmose que também podem ser doenças com o cruzamento anti-higiênico”, finalizou a enfermeira.