Rui Car
04/06/2020 09h36 - Atualizado em 04/06/2020 09h39

Polícia Civil atua em ação conjunta que identifica pessoa desaparecida em SC com bancos de perfis genéticos

O homem tinha na época do desaparecimento 20 anos

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A Polícia Civil de Santa Catarina, através da Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas (DPPD), atuou em uma ação conjunta que resultou no primeiro caso de identificação interestadual de pessoa desaparecida no Estado através do Banco de Perfis Genéticos.

 

A identificação ocorreu pelo Banco do Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), após a inserção dos perfis genéticos dos pais da pessoa desaparecida no Banco de Perfis Genéticos da Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina (BPG/SC), gerenciado pelo Instituto Geral de Perícias (IGP/SC), e do perfil genético de um corpo não identificado pelo Banco de Perfis Genéticos do Rio Grande do Sul (BPG/RS).

 

Com a inserção do perfil genético, a busca resultou positiva para um caso ocorrido em 24 de novembro de 2015, onde a vitima estava sem identificação e um inquérito policial tramitava em uma delegacia de homicídios no Rio Grande do sul.

 

O desaparecimento ocorreu em São José. O homem tinha na época do desaparecimento 20 anos. Em novembro de 2015, a família recebeu um último telefonema do desaparecido e algum tempo após a mãe dele recebeu um telefonema de um número sem identificação informando que seu filho teria sido morto e enterrado, mas sem detalhes do ocorrido ou o local.

 

Com essas informações, a família passou a procurar no IML e buscou auxílio na DPPD, em Florianópolis, que fez buscas preliminares pelo corpo, mas as investigações iniciais não tiveram êxito pela falta de informações.

 

A DPPD, além da investigação que tramitava desde o ano de 2016, fez a coleta de material biológico para confronto de DNA e para que o perfil genético fosse inserido no referido banco, no ano de 2019. O objetivo da delegacia é de inserir o perfil genético para confronto com casos antigos e que casos novos sem solução também possam ser analisados. Com a presença dos pais do desaparecido na Delegacia, em junho de 2019, foi possível a coleta e o envio do material ao IGP/SC.

 

Nesta semana, quase um ano após a coleta, saiu a informação de que o desaparecido foi identificado como sendo uma vítima encontrada no Rio Grande do Sul e que estava sem identificação.

 

A amostra do DNA dos pais havia sido confrontada com a vítima de um homicídio localizada em novembro de 2015, na cidade de Alvorada/RS dentro do porta-malas de um veículo acidentado. Referente ao crime, há naquele Estado um inquérito policial em tramitação, desde novembro de 2015.

 

Empenho

 

Policiais da DPPD relatam que receberam o agradecimento da mãe pelo empenho no caso e que ela afirmou que, “apesar da dor que nunca vai passar, está em paz, pois agora sabe onde ele está”.

 

Os policiais da DPPD, na tarde de terça-feira (02), mantiveram contato com a delegacia de homicídios de Alvorada, enviaram documentos e trocaram informações. Seguem auxiliando as investigações para a elucidação do caso.

 

(Com informações da Assessoria de Imprensa do IGP/SC)

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