Rui Car
03/02/2021 16h17

Paciente de SC recebe alta após seis meses internado por Covid-19

Luciano Turatto deixou o Hospital Regional Hélio Anjos Ortiz, em Curitibanos, nesta terça-feira (02)

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Foto: Divulgação / Glaico de Liz Ronsani

Foto: Divulgação / Glaico de Liz Ronsani

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Um paciente de Curitibanos traz para as estatísticas da pandemia uma das mais longas batalhas contra a Covid-19. Depois de mais de seis meses internado, nesta terça-feira, 2, o servidor público estadual Luciano Turatto, de 45 anos, deixou o Hospital Regional Hélio Anjos Ortiz, no município do Meio-Oeste, para entrar para a lista dos mais de 550 mil catarinenses que se recuperaram do novo coronavírus. A alta foi comemorada com alegria e emoção por familiares, amigos e profissionais de saúde da unidade hospitalar.

 

Luciano positivou para a Covid-19 em julho de 2020. Apresentou febre, cansaço, feridas pela boca e um quadro leve de diarreia. Mas, antes mesmo do resultado do exame, no dia 18 de julho, Luciano sentiu os sintomas se agravarem, precisou ir para o hospital e já ficou internado.

 

 

 

“O vírus atacou todos os órgãos vitais”, diz médico

 

O caso de Luciano foi desafiador para a equipe médica do Hospital Regional Hélio Anjos Ortiz, em Curitibanos. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, em Santa Catarina, a média de permanência de pacientes com Covid-19 em UTI se mantém em 14 dias. O médico que acompanhou o tratamento conta que o coronavírus afetou com gravidade os pulmões, o fígado, rins, coração e o cérebro. “O vírus atacou, praticamente, todos os órgãos do Luciano. Ele desenvolveu diversas e sérias complicações como pneumonia, encefalite e insuficiência hepática, cardíaca e renal e foi vencendo cada uma delas”, afirma o médico Hélio Anjos Ortiz Junior.

 

Para tratar todas as complicações, foram 188 dias de internação, sendo 172 deles na UTI, com necessidade de respiração mecânica por 115 dias. “Foi um longo período de trabalho que não envolveu uma pessoa só, mas uma equipe multidisciplinar com técnicos, enfermeiros, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo, entre outros profissionais que foram atuantes e incansáveis. Graças a Deus, a esse trabalho e ao esforço dele, deu tudo certo”, agradece Ortiz Junior.

 

Segundo o médico, desde o início da pandemia até agora, o caso de Luciano foi o mais longo de tratamento à Covid-19 na unidade.

 

Homenagens marcam a alta do hospital

 

A luta de Luciano Turatto inspirou homenagens no momento em que teve alta do hospital em Curitibanos. Por volta das 11h da manhã, desta terça-feira, 2, o corredor por onde o paciente saiu foi emoldurado pelos profissionais de saúde, que não esconderam a emoção em ver Luciano indo para casa. As palmas foram como trilha sonora para marcar o fim de uma dura batalha e o início de uma nova vida. Aos 45 anos, ele terá que reaprender a fazer coisas que eram comuns antes de adoecer, como falar e caminhar.

 

De cadeira de rodas, Luciano deixou a instituição e seguiu para casa. Uma carreata acompanhou o trajeto em comemoração. O carinho e os cuidados da família serão fundamentais no caminho até a plena recuperação.

 

Vitória sobre a Covid-19 emociona familiares e amigos

 

A batalha que durou mais de seis meses de internação representou longos dias de angústia à espera de notícias e de incertezas sobre o retorno de Luciano para casa. A esposa Teresinha Oliveira Fogaça e a filha, Eduarda Turatto, de 12 anos, querem deixar os momentos difíceis no passado e retomar os sonhos que sempre estiveram nos planos da família. “Quando ele adoeceu nós fizemos uma oração e prometemos um ao outro que ele voltaria. Vencemos um período difícil, mas agora só temos que agradecer por ele estar de volta entre nós”, expressa Teresinha.

 

A mãe, Alba Turatto, e as irmãs, Cristiane e Roseliane Turatto, que acompanharam de perto o dia a dia de Luciano na unidade hospitalar, além da fé inabalável na recuperação de Luciano também destacam o trabalho incansável da equipe médica ao tratar as inúmeras complicações graves da Covid-19. “Durante todo esse tempo, tivemos dias muito tristes, em que as notícias não eram boas, dias em que a situação dele piorava e a gente não sabia o que esperar do dia seguinte. Ainda assim, meu coração de mãe sempre me dizia que ele iria viver”, lembra a mãe.

 

“Passamos muito tempo pedindo a Deus por este momento e hoje ele chegou. Renascemos com ele e esse renascimento renova a esperança de que aqueles que ainda são acometidos por esta doença possam estar com seus familiares”, reitera o policial penal e amigo próximo de Luciano, o servidor Carlos Augusto Ribeiro.


Francieli Dalpiaz 
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