Rui Car
13/08/2020 15h26 - Atualizado em 13/08/2020 15h28

Organização e tecnologia mudaram a vida de rizicultores de Mirim Doce

Em 2019 eram 85 famílias cooperadas da Coopervoltapinho, envolvendo mais de 200 pessoas

Assistência Familiar Alto Vale
Fonte: EPAGRI

Fonte: EPAGRI

Delta Ativa

Organização e tecnologia mudaram a vida dos rizicultores de Mirim Doce, conhecida como a capital do melhor arroz. Os produtores se uniram no início da década de 1950 para fazer uma gestão mais sustentável e eficaz da água de irrigação através de valas coletivas e desde então só acumulam conquistas: a tecnificação da atividade reduziu o custo de produção em 30%, a produtividade dobrou, as perdas no transporte e na armazenagem diminuíram e o preço de venda aumentou, permitindo obter valores até 10% superiores aos do mercado tradicional.

 

Em 2019 eram 85 famílias cooperadas da Coopervoltapinho, envolvendo mais de 200 pessoas. Unido, esse grupo cultivou 1,1 mil hectares e produziu 203 mil sacas de arroz de reconhecida qualidade no mercado. A Epagri participa dessa história desde a década de 1980: foi com cultivares lançados pela pesquisa e com a assistência dos extensionistas rurais que os rizicultores passaram de 70 sacas produzidas por hectare para uma média
de 170 sacas: “99% do que cultivamos hoje são de variedades de arroz da Epagri”, afirma Jesué Signorelli, rizicultor e tesoureiro da cooperativa.

 

Em 2019, 85 famílias da Coopervoltapinho produziram 203 mil sacas de arroz em 1,1 mil hectares

Em 2019, 85 famílias da Coopervoltapinho produziram 203 mil sacas de arroz em 1,1 mil hectares

Também foi fundamental a participação da Empresa para o grupo ter acesso a recursos públicos para modernização da infraestrutura da cooperativa para recebimento, secagem, armazenagem e comercialização da produção. Para isso eles receberam R$137 mil do Programa SC Rural e financiamento de R$320 mil do Fundo de Desenvolvimento Rural.

 

A Coopervoltapinho se volta agora para a agregação de valor à produção, seja através do beneficiamento de arroz convencional e da conquista de novos mercados, seja por meio da oferta ao consumidor de um produto diferenciado, obtido com os chamados tipos especiais de arroz. Para isso a Epagri entra em campo novamente, promovendo capacitações e assessoria técnica e gerencial e desenvolvendo cultivares de arroz convencionais e especiais por meio do trabalho de pesquisa. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida das famílias cooperadas.

 

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