Diversos municípios do Alto Vale ainda contabilizam os prejuízos do granizo e a estimativa inicial é de R$ 45,6 milhões em perdas, principalmente nas safras de fumo e cebola. As cidades mais afetadas são Aurora, Petrolândia, Ituporanga e Atalanta. A situação deve prejudicar toda a economia da região que é baseada na agricultura.
O maior prejuízo foi em Aurora onde de acordo com dados da Defesa Civil e da Emprega de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), o granizo deixou perdas estimadas R$ 26,4 milhões com 1.140 hectares de lavouras prejudicados. O valor é dividido nas culturas de milho, soja, fumo e, principalmente, cebola. Na cidade houveram ainda, algumas residências atingidas, e uma porção de galpões danificados, com danos de cerca de R$ 360 mil.
Em Petrolândia o prejuízo estimado pela Epagri é de aproximadamente R$ 12 milhões com perdas de cerca de dois mil hectares de fumo e outros 50 hectares de cebola. Já o secretário de Agricultura Alcide Amarante, completou que só de fumo foram 220 produtores prejudicados.
Conforme a Secretaria de Agricultura de Ituporanga, na cidade a chuva de granizo foi mais intensa nas localidades de Braço Perimbó e Alto Perimbó, atingindo também 200 hectares de fumo e 100 hectares de culturas diversas, principalmente a cebola, o feijão e milho. No município, a estimativa de perdas é de R$ 6 milhões, mas o balanço final dos prejuízos será apresentado em uma reunião na manhã de quinta-feira (7). Na cidade de Ituporanga a Defesa Civil contabilizou ainda três quedas de muros e alagamentos pontuais.
Em Atalanta o coordenador da Defesa Civil, Marcionir Waterkemper, confirmou que 120 hectares de plantações de cebola e 30 de fumo, foram atingidos pelo granizo. O valor estimado dos prejuízos é de R$ 3 milhões só na cultura da cebola e o restante dos levantamentos ainda estão sendo calculados.
Na região, os agricultores das diversas cidades acabaram sendo pegos de surpresa já que a previsão da Defesa Civil para o período, não indicava possibilidade de temporais, apenas pancadas de chuva isoladas, mal distribuídas e raios desde o Meio Oeste até o Litoral por causa da atuação de áreas de instabilidade. Além disso, eles não tem uma forma de se prevenir contra o estrago dos temporais e depois dos dias 24 e 25, já houveram registros de mais três chuvas de granizo no Alto Vale, mas de menor intensidade, a última foi neste domingo (3) em Imbuia.
Com o fenômeno, a fumicultura foi o setor mais prejudicado. Dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) apontam que aproximadamente 500 produtores acionaram o seguro rural por conta dos estragos que a chuva de granizo causou nas plantações.
Por: Jorge Matias e Helena Marquardt – Jornal Diário do Alto Vale