Rui Car
22/06/2020 10h47 - Atualizado em 22/06/2020 10h50

Com recorde de casos, dengue preocupa órgãos sanitários de Santa Catarina

O estado já contabiliza 9.200 casos confirmados da doença

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Fonte: OCP News

Fonte: OCP News

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O ano de 2020 atingiu uma marca negativa em relação à dengue em Santa Catarina. O estado já contabiliza 9.200 casos confirmados da doença. O número é mais do que o dobro do registrado em todo o ano de 2016, também marcado por epidemia e com o registro de 4.379 casos.

 

 

Em 2020, de acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), foram notificados 16.972 casos de dengue em Santa Catarina. “É um número alto, que mostra que uma grande quantidade de pessoas procurou atendimento de saúde com suspeita da doença. Desses casos, alguns foram descartados, outros foram inconclusivos, 9.200 confirmados e 2.553 continuam em investigação pelos municípios”, destaca João Fuck, gerente de zoonoses da Secretaria de Estado da Saúde.

 

 

Dos mais de 9 mil casos confirmados, quase 8,8 mil foram contraídos pelas pessoas na própria cidade. O município de Joinville concentra 80,1% deste total. “Ao todo, são dez municípios em situação de epidemia em SC. Outro problema deste ano é a circulação simultânea de três sorotipos da doença: DENV1, DENV2 e DENV4, o que significa que quem já pegou dengue uma vez, pode pegar de novo, por outro sorotipo”, alerta Fuck.

 

 

Além disso, 64 casos confirmados (62 em Joinville, 1 em Florianópolis e 1 em Itajaí) apresentaram sinais alarmantes da doença (dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, letargia, sonolência ou irritabilidade, hipotensão e tontura). Entretanto, todos evoluíram para cura.

 

 

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40° C) de início abrupto, que tem duração de 2 a 7 dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.

 

 

Municípios em situação de epidemia

 

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes. Em Santa Catarina, dez cidades estão dentro desta faixa de infecção:

 

 
– Formosa do Sul (1.553,8 casos por 100 mil/habitantes);
– Joinville (1.191,3 casos por 100 mil/habitantes);
– São Carlos (992,8 casos por 100 mil/habitantes);
– Coronel Freitas (841,6 casos por 100 mil/habitantes);
– Bombinhas (617,1 casos por 100 mil/habitantes);
– Tijucas (526 casos por 100 mil/habitantes);
– Maravilha (433 casos por 100 mil/habitantes);
– Caibi (390,4 casos por 100 mil/habitantes);
– Águas de Chapecó (370 casos por 100 mil/habitantes);
– São Miguel do Oeste (336,7 casos por 100 mil/habitantes).
 
 
 

Como evitar a proliferação do mosquito?

 
 – Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
– Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
– Mantenha lixeiras tampadas;
– Deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
– Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
– Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
– Mantenha ralos fechados e desentupidos;
– Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
– Retire a água acumulada em lajes;
– Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
– Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
– Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
– Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
 
 
Caso apresente sintomas, procure uma unidade de saúde para o atendimento.
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