Rui Car
19/06/2021 10h51

Chegada do inverno promete frio intenso em Santa Catarina

Estação deve ter temperaturas abaixo da média climatológica, com geadas amplas e termômetros negativos em várias regiões

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Registro feito em São Joaquim, na Serra catarinense, no inverno de 2020 (Foto: Mycchel Legnaghi / Divulgação)

Registro feito em São Joaquim, na Serra catarinense, no inverno de 2020 (Foto: Mycchel Legnaghi / Divulgação)

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frio já chegou em Santa Catarina há algumas semanas, mas o inverno só começa oficialmente às 0h32 desta segunda-feira (21). Com ele, a promessa de uma estação ainda mais fria do que a média climatológica para o período.

 

De acordo com a previsão da meteorologista da Epagri/Ciram, Gilsânia Cruz, são esperados pelo menos três ondas de frio, com dias consecutivos de temperaturas muito baixas.

 

Há ainda, condições para a formação de neve mais uma vez em Santa Catarina, principalmente no Planalto Sul e Serra. O fenômeno, porém, só pode ser previsto com uma breve antecedência.

 

A chance para ocorrência de neve nós só temos como prever com três a cinco dias de antecedência”, explica Gilsânia Cruz. Porém, o Estado tem regiões que podem condicionar a formação do fenômeno nos dias mais frios.

 

Quando a gente fala de uma estação como o inverno, pela climatologia sabemos o que pode ocorrer. No caso da neve é a combinação de frio intenso com a umidade, hoje dá para dizer que quando tiver essas condições, pode ocorrer a neve. Mas ainda não dá para afirmar com certeza se vai ocorrer, nem quando”, pondera.

 

E vai ter neve em SC?

 

Se não com neve, os catarinenses terão as paisagens cobertas de gelo em formações de geada ampla que estão previstas principalmente para o mês de julho, que inclusive é considerado o mais frio do ano, segundo a Epagri.

 

Já o meteorologista Piter Scheuer é categórico em afirmar que o fenômeno deve ocorrer em Santa Catarina, e logo. “Neve vai ter. Não vai demorar muito até as primeiras massas de ar frio, e neve vai ter de certeza”, garante.

 

Quais são as cidades mais frias de Santa Catarina?

 

Nas localidades mais geladas do Estado, as temperaturas devem ficar negativas em boa parte do inverno. São nelas onde há chances da queda de neve em ocasiões em que a umidade também colabore.

 

Normalmente são cidades mais altas do Estado, acima de 700 m, 800 m… na Serra normalmente é onde se registra a temperatura mais baixa, na área entre Urupema e Bom Jardim da Serra. Mas também tem lugares onde devemos registras temperaturas abaixo de 0° C, como no Meio-Oeste, Oeste e Planalto Norte. São regiões que têm cidades com maior altitude e que em uma massa de ar frio de origem polar vão registrar temperaturas negativas”, afirma Gilsânia.

 

Scheuer destaca as mesmas áreas, com destaque ainda para os municípios de Painel e Bom Retiro, que, segundo ele, devem ser alguns dos mais frios de todo o Estado.

 

Temperaturas negativas

 

A meteorologista da Epagri/Ciram informa quais são as menores temperaturas que o inverno deve chegar, e avisa que o frio intenso é espalhado por todas as regiões.

 

Tem situações que a gente pode chegar a -7° C, -8° C. Em uma massa de frio mais intensa pode até ser menor do que isso. E não é só na Serra, tem várias regiões que podem ter temperaturas negativas”, alerta.

 

Ao observarmos os recordes de frio em Santa Catarina, essa análise se confirma. Entre as cidades mais frias, podemos citar Caçador, Curitibanos, São Joaquim, Irineópolis, Campo Alegre, Matos Costa,  Urupema e Urubici.

 

A temperatura mais baixa já registrada no Estado, inclusive, foi em Caçador, no Meio-Oeste, quando marcou -14° C em 11 de junho de 1952.

 

A Epagri/Ciram organizou uma tabela, onde reúne as médias de temperaturas das cidades catarinenses mais altas durante os três meses de inverno.

 

O “Top 5” dos municípios mais gelados segundo este levantamento mostra uma diversidades nas regiões.

 

Confira as menores temperaturas médias em Santa Catarina:

 

  • Irineópolis, Planalto Norte: 5,8° C
  • Campo Alegre, Planalto Norte: 6,1° C
  • Canoinhas, Planalto Norte: 6,1° C
  • São Joaquim, Planalto Sul: 6,5° C
  • Curitibanos, Meio-Oeste: 7 ° C

 

Inverno e a Covid-19: como diferenciar doenças

 

A chegada do frio tradicionalmente traz os sintomas dos “resfriados” em muitas pessoas. Em tempos de pandemia de Covid-19, no entanto, qualquer sintoma já acende um alerta. Afinal, como diferenciar?

 

Como estamos vivendo um momento de pandemia, precisamos lembrar do risco de contaminação e tomar cuidado. De uma maneira geral, o novo coronavírus é multifacetário e pode apresentar sintomas, por exemplo, coriza e tosse seca, simulando uma rinite, momentos de falta de ar parecido com a asma”, explicou o presidente da Acapti (Associação Catarinense  de Pneumologia e Tisiologia) e pneumologista, Fábio José Fabrício de Barros Souza.

 

No caso da rinite, causada pelo contato com poeira, pelo de animais e mudanças climáticas, o pneumologista alertou que os sintomas podem ser gotejamento pós nasal (quando ocorre a produção excessiva de muco), relacionado com a obstrução e coceira nasal.

 

O uso de solução fisiológica e corticoide nasal pode apresentar uma resposta razoável. Dependendo da gravidade, existe a necessidade de anti-histamínicos (antialérgicos) e comprimido para diminuir a alergia”, explica.

 

Se houver a suspeita de contágio da Covid-19, Fábio José Fabrício de Barros Souza destacou que é sempre importante manter o isolamento social e realizar o teste PCR (cotonete) entre três e sete dias após o aparecimento dos sintomas, de preferência.

 

Doenças respiratórias nos pets

 

Vale ressaltar que os cães e gatos também são acometidos pelas doenças respiratórias. Eles sofrem com tosses, espirros, febre e coriza.

 

Em épocas mais frias, esses problemas podem ser acentuados nos animais. Os vírus e bactérias causam problemas respiratórios tanto em cães quanto em gatos. Os microrganismos podem ser transmitidos através do contato com um animal infectado ou em contatos com objetos contaminados.

 

Segundo a médica-veterinária e coordenadora técnica na MSD Saúde Animal, Kathia Almeida Soares, a melhor solução é a prevenção, que inclui visitas periódicas à clínica veterinária e a carteira de vacinação dos pets em dia.

 

Muitos dos sintomas podem evoluir para quadros mais graves, como uma pneumonia ou podemos estar diante de agentes mais perigosos como o vírus da cinomose canina, que pode passar de alterações respiratórias para complicações neurológicas, podendo ocorrer inclusive o óbito”.

 

Por isso, caso o tutor note qualquer alteração na saúde do pet, é muito importante levá-lo ao médico-veterinário, pois somente ele poderá chegar ao diagnóstico e estabelecer o melhor tratamento para o animal.

 

Existem vacinas no mercado que ajudam a manter os animais imunizados contra agentes infecciosos, sendo essencial mantê-las atualizadas. É importante manter o ambiente onde o animal habita higienizado e ventilado, para evitar a transmissão de vírus e bactérias.


POR: LORENZO DORNELLES – ND+

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