Rui Car
14/09/2020 16h16 - Atualizado em 14/09/2020 16h31

Caso Irmãos Constantino: Advogado da dupla fala sobre andamento do processo

Fato ocorreu na noite de 11 de maio de 2020 no bairro São João, em Agrolândia

Assistência Familiar Alto Vale
Fonte: Rádio Educadora / Com informações do Portal Expresso

Fonte: Rádio Educadora / Com informações do Portal Expresso

Delta Ativa

Advogado criminalista há 20 anos, Benjamim Coelho, de Blumenau, atua como defensor dos irmãos André e Éder. Ele tem a companhia do colega Aurélio Packer de Rio do Sul. Benjamim diz que, os irmãos foram alvo de uma emboscada de Joacir Barbosa e seu sobrinho. Joacir morreu no local.

 

Relembre o caso

 

O fato ocorreu na noite de 11 de maio de 2020 no bairro São João, em Agrolândia.

 

Segundo ele, o sobrinho de Joacir, chamou André e Éder para ir até a sua residência, onde, o Joacir ficou escondido e baleou André, mesmo estando baleado, André conseguiu desferir um tiro contra o Joacir.

 

“André, tinha uma divida em haver um valor, com o sobrinho de Joacir, que faleceu. Eles trocavam áudios pelo WhatsApp, não muito “republicano”, havia uma certa indisposição e raiva nas conversas, mas nada no sentido de ameaçar alguém de morte. No dia que, chegou o dia dos fatos, o sobrinho, manda dois áudios para o André, dizendo: ‘Pode vir na minha casa, vem aqui receber e eles foram” alega Benjamim Coelho.

 

Segundo o advogado, André chegou a dizer para o sobrinho de Joacir, que estava tudo bem, anulando assim as discussões anteriores. No dia dos fatos, André foi juntamente com Éder, sua esposa e seu filho.

 

“Ao chegar no local, o sobrinho de Joacir falou para os dois irmãos entrarem na residência e ficarem quietos, quando os dois se aproximam da residência, Joacir abre fogo e acerta dois tiros na boca e no braço do André, e o Éder foi atingido também” disse o advogado.

 

Coelho ainda afirmou que, o sobrinho não relatou no seu depoimento na delegacia ao delegado, que, havia essa condição na qual chamou André para ir até sua residência. “Faltou com a verdade” finalizou.

 

“O sobrinho escondeu o revolver usado pelo tio, e se ele fosse vitima 100% porque iria esconder o revolver? Em seguida o revolver foi encontrado, mas os dois irmãos obviamente saíram do local” disse Benjamim Coelho.

 

Segundo o criminalista, a morte se deu em legítima defesa, e foram alvo de uma emboscada.

 

A acusação afirma que Joacir Barbosa foi morto em uma troca de tiros em um imóvel na rua São João envolvendo a vitima e outros dois homens, que supostamente estavam no local para fazer uma cobrança ao sobrinho de Joacir.

 

Como anda o processo

 

Segundo o advogado, o processo atualmente encontra-se no Tribunal de Justiça. Éder Constantino foi absolvido. Já para André Constantino, o juiz delegou que o júri decida a questão, se ele deve ser absolvido ou não. Tudo o que foi citado nesta matéria até o presente momento, foi comprovado.

 

Duas perícias foram solicitadas. A primeira, datada de 22 de maio de 2020, concluiu que:

 

1 – Não é possível afirmar a data e a hora exatas em que se deu o evento, uma vez que não haviam vítimas no local;

 

2 – Duas ou mais pessoas participaram do ato;

 

3 – Quando encontrada, a vítima encontrava-se na posição prejudicada;

 

4 – Havia estacionado do lado oposto da rua um veículo que pode estar associado ao evento; Ainda, a mancha de sangue deixada no projétil encontrado no local foi coletada e encaminhada ao IGP para comparação de DNA;

 

5 – Foram encontrados vestígios de sangue;

 

6 – Houve o emprego de disparo de arma de fogo;

 

 

As demais questões foram esclarecidas através do laudo pericial.

 

Já a segunda perícia, datada de 30 de julho de 2020, frisa que em relação se foi a mesma arma que detonou os três cartuchos, conclui que conforme o relatado no título COMPARAÇÃO BALÍSTICA, os três estojos motivo pericial não foram percutidos pelo pino percussor de uma mesma arma de fogo, ou seja, concluiu-se que não foi Joacir Barbosa quem atirou, pois as três cápsulas não foram detonadas pelo revólver dele. Elas seriam de três armas diferentes, quatro se somada a dele. Benjamim afirma que, de fato, tratou-se de uma tocaia para os irmãos Constantino, que ocasionou na morte de Barbosa, o “Tio Joca”. 

 

O promotor, porém, não reconhece o que a perícia determinou: o fato de haver quatro armas envolvidas no caso. Na opinião do advogado, André Constantino deveria ser impronunciado e não absolvido. Segundo ele o juiz errou, pois ao dar a sentença, ele absolve, impronuncia ou manda para o júri, porém ele mandou André para o júri dizendo que têm dúvidas sobre o que de fato aconteceu. Ele não fala nada em relação a perícia afirmar a existência de mais de três revólveres. 

 

Diante disso a defesa entrou com Habeas Corpus, para que anule a sentença e o juiz emita outra sentença, analisando desta vez a prova apresentada pela perícia. Coelho afirma que André foi mandado à juri popular injustamente e que ele e Éder são as vítimas do caso. O culpado é Hildebrando, o sobrinho. 

 

Agora será aguardado julgamento e quando a decisão sair, será divulgada à imprensa.

 

Participe de um dos nossos grupos no WhatsApp e receba diariamente as principais notícias do Portal da Educadora. É só clicar aqui.

Justen Celulares