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O reconhecimento nacional já era tão grande quanto a incrível simpatia que despertava em outros clubes daqui, e o mesmo acontecia em nível continental quando uma sucessão de irresponsabilidades ocasionou no desastre aéreo do voo da LaMia. A maior tragédia de toda a história do futebol vitimou 71 pessoas, dentre elas grande parte do elenco já anteriormente antológico da Chapecoense.
Luto, dor… e homenagens. Solidariedade. Aconteceu no mundo todo. Um time que era visto como modesto ganhou os telões de estádios em todo planeta, inclusive em jogos de grandes potências da Champions League.
A Chapecoense vai se reconstruindo, anunciando reforços para a temporada 2017. No outro aspecto do futebol, a marca do Verdão do Oeste apresentou crescimento incrível. Considerando as ‘curtidas’ no Facebook, por exemplo, a Chape saiu de 371.289 seguidores para 3.848.727.
A camisa verde que encantava o povo de Chapecó ganhou fãs em todas as partes do mundo.
Um grande exemplo disso pode ser visto em uma foto emblemática. Um menino, na faixa de seus 14 ou 15 anos, joga bola em uma quadra no bairro de La Boca. Ali mesmo, na Argentina. A metros da Bombonera, coração de um dos maiores clubes do nosso continente.
A foto foi tirada recentemente pelo ator e músico Guilherme Dal Castel, de 27 anos. Em sua primeira ida para a Argentina, o gremista apaixonado separou o segundo dia de viagem para conhecer o bairro do Boca Juniors – parada obrigatória para qualquer turista. Mas quando viu aquela imagem, simples e forte, a visita à Bombonera ficou até mesmo em segundo lugar.
“Estava passando pela quadra, que é bem no meio do Caminito, em La Boca. Havia alguns meninos sentados com uma bola de basquete e só esse da foto chutando uma bola”, relatou com exclusividade. “Fiquei observando os desenhos atrás do gol e não tinha me dado conta que era uma camisa da Chape por achar que não poderia ser”.
Apaixonado pelo Grêmio, e por futebol em geral, Guilherme se emocionou ao ver o ‘pibe’ (Foto: Arquivo pessoal)
“Quando percebi, fiquei muito feliz. Emocionado pela atitude do guri, que nem deve saber o tanto que isso representa. Eu me encostei na grade e fiquei esperando ele chegar um pouco mais perto pra poder tirar a foto. Pensei em conversar com ele, tirar foto com ele, mas deixei assim. Acho que ele pensou que eu só estava tirando foto da quadra mesmo, não me deu nenhuma bola”.
Fatalmente, o garoto retratado na imagem é um torcedor do Boca Juniors. Mas também vai levar para sempre a Chapecoense em seu coração: mesmo sem conhecer pessoalmente nenhum jogador ou profissional que estava naquele avião. Apesar da tragédia, a Chape voltará mais forte.
