Rui Car
09/01/2017 12h30 - Atualizado em 09/01/2017 08h33

O maior desafio de Abel no Flu

Recém-empossada, a diretoria está brincando com fogo

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Kléber, Gabriel, Antônio Carlos, Fabiano Eller e Juan; Marcão, Arouca, Diego Souza e Juninho; Leandro Guerreiro e Tuta.

 

Diego Cavalieri, Bruno, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Jean, Deco e Thiago Neves; Rafael Sóbis e Fred.

 

O torcedor tricolor mais atento não tem dúvidas: sabe que as escalações acima foram a base dos dois últimos times campeões estaduais pelo Fluminense, em 2005 e 2012, ambos, coincidentemente, sob comando de Abel Braga.

 

No primeiro, não havia craques, mas jogadores que teriam sucesso no próprio Flu e em outros clubes (quase a totalidade da equipe).

 

No último, há cinco anos, havia astros consagrados como Deco e Fred, além de craques como Thiago Neves, que reeditará agora no Cruzeiro uma parceria com Rafael Sóbis, autor de dois gols na primeira partida da final daquele Estadual (4 a 1, sobre o Botafogo, no Engenhão).

 

Dois mil e dezessete começou com Abel Braga como o nome mais conhecido entre os profissionais de futebol do clube.

 

Gustavo Scarpa, que vai se firmando a cada ano, tem futebol, humildade e cabeça para atingir o status de grande jogador e ser alçado à condição de estrela.

 

Além dele, só o contestado Diego Cavalieri e os equatorianos Orejuela e Sornoza são atletas que fazem com que o atual plantel tricolor não seja constituído por meras apostas.

 

Há ainda Douglas, Richarlison e Wellington, mas o trio já mostrou em 2016 que sozinho não segura a bronca.

 

A iniciativa da diretoria de rejuvenescer o elenco e apostar em meninos da base com alguma quilometragem é válida.

 

Contudo, fazer “só” isso e não ir ao mercado para mesclar um plantel comprovadamente carente pode acabar custando mais caro do que os reforços que nem chegaram.

 

Muitos destes jovens acabam queimados, embora o estilo paizão de Abel lhes dê certa blindagem.

 

Recém-empossada, a diretoria está brincando com fogo, Abel já percebeu e se vê agora diante de um enorme desafio: fazer de um Flu visivelmente limitado um time competitivo.

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