ESPN
O técnico Luiz Felipe Scolari, que atualmente dirige o Guangzhou Evergrande, da China, admitiu, em entrevista à agência EFE, que sua demissão do Chelsea, em 2009, lhe deixou com o “orgulho ferido”.
“Fui ferido em meu orgulho porque acreditava que, se continuasse com meu trabalho da maneira que sou e do jeito que faço há 35 anos, tudo terminaria bem”, disse.
Apesar de tudo, o treinador (com mais de três décadas de trabalho e 24 títulos no currículo) assegura que os sete meses que passou no comando dos Blues foram uma “etapa boa e interessante” de sua vida.
“Saí do Chelsea com um trabalho que era razoavelmente bom, classificado para a Champions, para a Copa da Inglaterra e em terceiro na Premier League“, citou Scolari.
“No entanto, o trabalho não estava evoluindo da maneira que eu queria”, ressaltou o brasileiro, admitindo que de fato teve problemas de relacionamento com alguns atletas, como a imprensa britânica especulou à época: “Não tive boa relação com dois ou três jogadores”.
Felipão disse que a demissão do Chelsea, que o contratou após o fim de sua passagem pela seleção de Portugal, deixou uma “mancha” em sua carreira.
O treinador queria que o time inglês tivesse esperado mais para ver resultados, e não decidir agir imediatamente com a demissão devido à sua rusga com jogadores, que supostamente não entendiam que algumas de suas normas de conduta eram corretas.
Segundo Scolari, alguns jogadores não gostaram de seus treinamentos, que classificou como “um pouco diferentes” em função de fatores como temperatura e características do campeonato. Contudo, citou que segue fazendo “tudo igual” até hoje.
O Chelsea contratou o pentacampeão do mundo com o Brasil em fevereiro de 2009, quando tinha 49 pontos, sete a menos que o líder Manchester United.
