Rui Car
30/06/2020 11h13

Cruzeiro estuda como pagar dívidas urgentes na FIFA

Neste momento, o clube estuda formas de conseguir os valores e pagar as dívidas para não ser punido com o impedimento de registrar novos atletas

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Fonte: Globo Esporte

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O Cruzeiro corre contra o tempo para conseguir os mais de R$ 14 milhões para cumprir as ordens de pagamento, emitidas pela Fifa, que vencem entre o meio de julho e o começo de agosto. São duas: as da compra dos atacantes Rafael Sobis (Tigres, do México) e Pedro Rocha (Spartak, da Rússia). Neste momento, o clube estuda formas de conseguir os valores e pagar as dívidas para não ser punido com o impedimento de registrar novos atletas.

 

Em entrevista à Globo, o presidente Sérgio Santos Rodrigues afirmou que o clube estuda a alternativa de conseguir recursos, mas também negocia uma possibilidade de parcelamento. Nas últimas vezes que tentou essa última forma, não conseguiu: com o Al-Wahda (em processo que foi punido com a perda de seis pontos) e Zorya (cuja dívida foi paga).

 

– Temos a receita do sócio diamante (modalidade em que o sócio paga R$ 1 mil por mês), que a gente lançou e com dois dias está indo muito bem. Temos possibilidade de venda de jogador ainda, parcial ou total. E, com credibilidade, que eu falo que a gente traz, temos empresários que estão dispostos a contribuir de alguma forma, ajudar o Cruzeiro neste momento e depois receber. Está tudo caminhando em paralelo para isso. Temos mais 16 dias para enfrentar a primeira, que é a maior, do Tigres, e já estamos negociando para ter desconto e parcelamento.

 

Com o Tigres, a dívida é referente a dois processos e apresenta o valor de 2,26 milhões de dólares, aproximadamente R$ 12 milhões, já com juros e custos adicionados. A condenação final determinou que a Raposa tem até o dia 15 de julho para efetuar o pagamento. O clube ainda tem mais um processo da contratação do jogador e aguarda a decisão do CAS, que deverá ser favorável ao time mexicano e gira em torno de 1 milhão de dólares.

 

Em relação a Pedro Rocha, o Cruzeiro terá que desembolsar cerca de R$ 2,3 milhões (395,6 mil euros) ao Spartak Moscou, da Rússia, referente à negociação envolvendo o atleta no ano passado. O prazo estabelecido para o pagamento é até o dia 6 de agosto. Em ambas, o clube ainda tenta o parcelamento.

 

– Essas negociações também estão caminhando diretamente com os clubes. Existe uma negociação em curso, tanto com o Spartak quanto com o Tigres. E também com os outros clubes, que ainda não tem a ordem. Nosso objetivo é pagar todas. Mesmo os que ainda não têm ordem de pagamento, a gente já conversa para ver o que a gente já consegue para resolver.

 

Novas ordens de pagamento

 
O Cruzeiro também aguarda a chegada de mais duas ordens de pagamento em casos em que não cabe mais recurso pelo clube na Fifa. São eles: a compra do zagueiro Caicedo (em ação do Independiente del Valle de R$ 10 milhões) e do meia Arrascaeta (em ação do Defensor de R$ 6,5 milhões aproximadamente). Com os dois clubes, há também já negociação de acordo extrajudicial, segundo o presidente cruzeirense.
 
 

– Temos que esperar sair a ordem da Fifa. Aí, quando sai, o prazo é de 30 a 90 (dias), varia de cada caso, então não tem como a gente antecipar. Mas, como a gente sabe que uma hora ou outra vai chegar, e o nosso objetivo é cumprir, a gente já tem negociado com eles também. Que eu lembro de cabeça, (os processos que não cabem mais recurso) são Independiente Del Valle, Defensor… Acho que são esses dois, além dos que já saíram.

 

Profut

 

Sérgio Rodrigues comentou sobre a situação do Cruzeiro no Profut. Ele disse que o clube continua mantido no programa, por meio da liminar obtida em março.

 

– Está na mesma. Ali tem um embargo de declaração, que está aguardando julgamento para a gente poder fazer o pagamento ou não, mas o Cruzeiro continua no Profut, a decisão está valendo, não tem diferença nenhuma nisso. Aguardando, também, o trâmite político. A gente sabe que está votando na Câmara um novo Refis e Profut que podem incluir os clubes de futebol, tanto para trás quanto para frente, então continuamos na mesma situação de antes. A liminar está vigente, estamos caminhando nisso. Paralelamente a isso, podemos, talvez, ter novidades legislativas.

 

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