Vascaínos entregam as faixas de campeão catarinense aos jogadores do Brusque (Foto: Reprodução)
RECEBA NOTÍCIAS NO SEU WHATSAPP
CLIQUE AQUI
Depois de 28 anos, Brusque e Vasco voltarão a se enfrentar. As duas equipes se enfrentam às 21h deste domingo (28), pela sétima rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, naquele que será o primeiro confronto oficial, depois de um ilustre amistoso disputado em 3 de fevereiro de 1993.
A partida colocava frente a frente, no estádio Augusto Bauer, os campeões estaduais de Santa Catarina e do Rio de Janeiro, e este era o motivo da peleja: a troca de faixas de campeões. Era o “jogo das faixas”.
O Brusque ainda tinha em seu elenco personagens importantes do título de 1992, como Palmito, Jair Bala, Washington, Weber, Solis, Clésio, e o técnico Joubert Pereira. O autor do antológico gol do título, Cláudio Freitas, havia deixado o clube e estava em uma situação de indefinição sobre seu futuro.
O Vasco tinha Carlos Germano, que foi um dos grandes goleiros de sua geração e seria convocado para a Copa do Mundo seis anos depois. Tinha também o meia Bismarck, convocado à Copa de 1990.
Entre os nomes mais conhecidos também estavam o zagueiro Alexandre Torres, o volante Leandro Ávila e, claro, o atacante Valdir. Conhecido também por Valdir Bigode, ele havia iniciado a carreira profissional no ano anterior, após o título da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Tinha apenas 20 anos na data do jogo, e foi a grande estrela do Vasco tricampeão carioca (1992-1993-1994).
Conforme relatou o zagueiro Solis em 2017, havia mais vascaínos que quadricolores no Augusto Bauer lotado. Para Palmito, em entrevista a O Município na mesma ocasião, o estádio estava bastante dividido.
O Vasco seguiria sua temporada sendo novamente campeão carioca, conquistando o tricampeonato em 1994. O Brusque, sem vários dos jogadores de 1992, acabou rebaixado no Campeonato Catarinense ao lado do Avaí.
Bola rolando
O campo do Augusto Bauer estava encharcado por conta da intensa chuva que havia caído durante a tarde. A primeira chance do jogo foi do Vasco, com Valdir chutando em cima do goleiro Binho com menos de um minuto de bola rolando. Os visitantes continuaram pressionando, e o Brusque respondeu bem aos 20 minutos, com Rildo. O meio-campista chutou da direita e Carlos Germano desviou em grande defesa antes de a bola bater na trave.
O Vasco abriu o placar aos 38 minutos, após cobrança de lateral. Valdir recebeu na área e finalizou no canto esquerdo de Binho. A equipe ampliou com Leonardo, que finalizou com um bonito sem-pulo após cruzamento de William, aos dois minutos da segunda etapa.
O gol do Brusque foi marcado por Maurílio, um dos reforços para aquela temporada. Após bola alçada na área por Palmito, o atacante subiu para deixar o placar em 2 a 1 no início do segundo tempo. Palmito ainda quase deixou tudo igual numa cobrança de falta aos 18 minutos.
A prévia da partida na edição de 29 de janeiro de 1993 em O Município (Foto: Arquivo / O Município)
Brusque 1×2 Vasco
Amistoso
Quarta-feira, 3 de fevereiro de 1993
Estádio Augusto Bauer
Brusque: Binho; Washington Goiano, Clésio, Solis, Washington; Müller, Rildo (Rodrigo), Palmito (Mário); Gilson (Betinho); Jair Bala (Vacaria) e Weber (Maurílio).
Técnico: Joubert Pereira
Vasco: Carlos Germano; Cláudio Gomes, Alexandre Torres, Jorge Luiz (Tinho), Cássio (Sidnei); Luisinho (Flávio), Leandro Ávila, Carlos Alberto Dias (Leonardo); Bismarck, Valdir e William (Vitor).
Técnico: Joel Santana
Trio de arbitragem: Dalmo Bozzano, auxiliado por Sérgio Montegutte e Luiz Carlos Espíndola.
Gols: Maurílio (3′-2ºt); Valdir (38′-1ºt) e Leonardo (2′-2ºt).
Cartões amarelos: Solis, Washington Goiano e Maurílio; Carlos Alberto Dias
