Rui Car
08/10/2019 09h59

Bruno Henrique recorda dificuldades e cita Flamengo como “melhor do mundo”

Em evento beneficente, atacante revela lição de vida, exalta clube e mira título em 2019

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Um dos destaques do Flamengo líder do Campeonato Brasileiro e semifinalista da Libertadores, Bruno Henrique vive a melhor fase de sua carreira aos 28 anos. Herói da vitória por 1 a 0 sobre a Chapecoense no último domingo, ele já fez 21 gols e deu 13 assistências em 46 jogos na temporada, além de ter sido convocado pela primeira vez para a Seleção. O atacante, que já passou por Cruzeiro, Uberlândia, Itumbiara, Goiás e Wolfsburg, da Alemanha, hoje se vê no auge no Rubro-Negro.

 

 

Sucesso que ele atribui à própria fé. Evangélico, Bruno foi convidado a palestrar para cerca de 400 pessoas na noite de segunda-feira, no “Craques da Paz”, evento beneficente na Igreja do Recreio, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

 

 

Em bate-papo com o pastor e ex-jogador Ricardo Pinudo, o atacante lembrou dificuldades da carreira, disse já ter sido alvo de “macumbaria”, revelou lição de vida, exaltou o clube e mirou os títulos em disputa:

 

 

– Sei da importância que é estar no caminho de Deus, minha família é toda da igreja. Vou contar um testemunho do que aconteceu comigo em 2017, no Santos. Estava no auge, cotado para Seleção, para times grandes da Europa. E no primeiro jogo do Paulista me machuquei. Tive uma lesão na vista que me deixou afastado por sete meses. Fiquei pensando: por que tinha acontecido isso comigo? A gente não deve justificar com Deus quando as coisas acontecem. Hoje entendi o por que.

 

 

A infância humilde de Bruno Henrique, natural de Belo Horizonte, é comum a tantos outros jogadores brasileiros que tentam mudar de vida através do futebol. A peculiaridade da carreira do atacante é que ele não passou por categorias de base. Saiu dos campeonatos de várzea da capital mineira direto para o profissional aos 21 anos. Mas se atualmente o camisa 27 rubro-negro é inspiração para muitos torcedores, o início foi complicado, com trocas de clube e fome:

 

– O Cruzeiro me viu jogando e deu oportunidade para mim e meu irmão, que éramos o destaque do campeonato. Assinei contrato de um ano, mas não fiquei. O Cruzeiro me emprestou para o Uberlândia e, quando meu contrato terminou, não renovou. O Uberlândia fez um novo contrato comigo e continuei jogando o Campeonato Mineiro.

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