Rui Car
24/10/2019 08h44

Mulher descobre que ‘pelo encravado’ era, na verdade, um câncer raro

Marisa agradece aos seus familiares e amigos, incluindo seu namorado Stojan

Assistência Familiar Alto Vale
Yahoo!

Yahoo!

Delta Ativa

Uma mulher ficou chocada ao descobrir que o que acreditava ser um pelo encravado em sua área genital era, na verdade, um câncer de vulva em estágio II.

 

Marisa Strupp, de Wisconsin, Estados Unidos, consultou seu médico de família após descobrir uma protuberância na parte interna de seus lábios vaginais. Apesar de ouvir que o caroço “não era nada sério”, o médico recomendou uma consulta a um ginecologista para removê-lo.

 

Em agosto de 2018, Marisa, de 29 anos, consultou seu ginecologista, que removeu a protuberância e enviou para ser examinada. Os resultados do exame mostraram que o que não parecia nada era um melanoma vulvar em estágio II.“Quando recebi o diagnóstico, fiquei horrorizada, assustada e paralisada de medo,” disse Marisa ao Metro. “Nunca na minha vida eu havia ouvido falar sobre o melanoma vulvar”.

 

De acordo com a American Cancer Society, o melanoma vulvar costuma se apresentar como uma protuberância localizada ao redor da vulva, especificamente no clitóris, nos grades lábios e nos pequenos lábios. Embora inicialmente possa parecer que se trata de uma verruga, a protuberância pode ser dolorosa, coçar e até sangrar.

 

Assim como ocorre com outras formas de melanoma, é importante ficar atento a qualquer pinta que apareça no corpo para checar se há indícios de assimetria, bordas irregulares, mudanças de cor ou variações no tom, além de alterações no tamanho e na forma.

 

O melanoma vulvar representa menos de 2% de todos os casos de melanoma, mas costuma passar despercebido; isso faz com que os autoexames de rotina e as consultas regulares ao ginecologista sejam cruciais para a saúde vaginal.

 

Marisa passou por uma cirurgia para remover o tumor, que havia se espalhado para os gânglios ao redor da vulva, fazendo com que o câncer recebesse a classificação de estágio III. Um processo de recuperação doloroso e debilitante a confinou a uma poltrona reclinável, e os médicos prescreveram 12 sessões de imunoterapia para ajudar a erradicar o câncer.

 

A gerente de projetos revelou que o diagnóstico fez com que ela se sentisse “solitária”, e ela sentiu a necessidade de se conectar com outras mulheres que tivessem enfrentado a mesma forma rara de câncer.

 

Marisa usou o Instagram para documentar sua jornada, e desde então criou relacionamentos com mulheres de todo o mundo que estão enfrentando diagnósticos semelhantes da doença. “Nem todas têm o meu tipo específico de melanoma; algumas têm melanoma e outras estão começando suas sessões de imunoterapia e querem saber o que podem esperar,” explicou a jovem. “Ou talvez elas só queiram encontrar alguém com quem possam conversar sobre os efeitos colaterais, alguém que seja capaz de entendê-las”.

 

Marisa agradece aos seus familiares e amigos, incluindo seu namorado Stojan, que deixou seu emprego na Áustria para estar ao seu lado, por ajudá-la a lidar com o diagnóstico. Embora a jornada rumo à recuperação tenha sido longa, Marisa celebrou recentemente o fato de estar finalizando a rodada de imunoterapia. Ela quer compartilhar sua história para aumentar a conscientização em relação ao câncer vulvar, e para que as mulheres saibam que não estão sozinhas.

Justen Celulares