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Arqueólogos encontraram um esqueleto perto da Catedral e Milão, na Itália. O artigo com a descoberta foi publicado no “Journal of Archaeological Science” por cientistas da Università deli Studi di Milano. É um material impressionante, pois representa um dos casos de tortura mais cruel até então encontrados. O esqueleto, ao que tudo indica, pertenceu a um condenado.
Seria um jovem, entre 17 e 20 anos, cujo corpo foi estilhaçado até a morte em uma espécie de roda. Ela era utilizada na Idade Média com intuito de punir criminosos ou quem desacatasse à igreja.
Essa ferramenta de tortura se chamava “Roda de Santa Catarina”, feita em madeira onde os acusados ficavam presos. Ela girava a fim de quebrar os ossos do torturado, sendo o número de vezes definido por um tribunal. Às vezes a vítima caía sobre objetos pontiagudos e tinha seus membros quebrados enfiados nos raios das rodas para que a tortura pudesse continuar. Em alguns casos, a roda girava sobe uma fogueira.
O esqueleto encontrado foi uma das vítimas da Roda de Santa Catarina. Testes radioquímicos indicam que o jovem viveu entre os anos de 1290 e 1430. Ele teve ossos dos braços e das pernas estilhaçados, uniformemente, entre outros ‘castigos’. Fivelas encontradas ao lado do esqueleto ligam o esqueleto ao uso da roda. São raros os achados com vítimas desse tipo de instrumento. Esse de Milão se torna emblemático por seu estado de conservação e pelo volume de material coletado.
Santa Catarina e a roda
A roda ganhou o nome Santa Catarina por razões históricas. De acordo com relato religioso, a princesa Catarina era filha do rei Costus, governador de Alexandria. Ela era pagã, mas tornou-se Cristã após a morte do pai, passando a morar em Cilícia. Sua fama como pregadora chego ao rei Maxêncio, de Alexandria, que exigiu a renúncia de Catarina ao Cristianismo.
Ela afrontou a vontade de Maxêncio e acabou condenada à tortura na roda, até então instrumento conhecido simplesmente por esse nome. Um milagre fez com que a roda se partisse e Catarina sobreviveu. Enfrentou longo martírio, até que fosse finalmente decapitada. O milagre da roda batizou o instrumento, por mais paradoxal que possa parecer.