Rui Car
14/09/2021 15h45

Atleta paralímpico que sobreviveu a aborto se torna medalhista: “Sem Deus não conseguiria”

O nadador filipino Ernie Gawilan já nasceu nadando contra a maré — sobreviveu a um aborto malsucedido, cresceu sem os pais e se tornou um atleta, apesar da deficiência

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O para-nadador Ernie Gawilan ganhou 3 medalhas de ouro nos Jogos Asiáticos de 2018. (Foto: Simon Bruty para OIS / IOC via AFP)

O para-nadador Ernie Gawilan ganhou 3 medalhas de ouro nos Jogos Asiáticos de 2018. (Foto: Simon Bruty para OIS / IOC via AFP)

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Um atleta paralímpico, que teve má-formação nas pernas e no braço esquerdo por causa de um aborto mal sucedido, se tornou um campeão de natação pela graça de Deus, conforme ele mesmo reconhece.

 

Mesmo antes de nascer, o filipino Ernie Gawilan já nadava contra a maré. Ele quase morreu durante um aborto malsucedido, quando sua mãe tentou esconder a gravidez de um amante. Seu pai, ao descobrir a infidelidade, os abandonou.

 

Quando tinha apenas cinco meses de idade, sua mãe morreu por cólera, deixando Ernie aos cuidados de seu avô.

 

Devo ter sido um bom nadador mesmo no ventre da minha mãe, porque sobrevivi ao aborto. Eu simplesmente nadei”, brincou Ernie durante uma entrevista para ao site esportivo SPIN.ph.

 

Sua vida deu uma reviravolta aos 9 anos, quando um empresário das Filipinas, convenceu seu avô a enviar Ernie para um centro de treinamentos para deficientes — foi ali que ele se encontrou na natação.

 

Quando estou na água, minha deficiência física não é visível”, disse Gawilan. “Pareço uma pessoa normal”.

 

Ele conquistou três medalhas de ouro e duas de prata nos Jogos Para-Asiáticos de 2018 na Indonésia, se tornando o primeiro atleta filipino de qualquer esporte a ganhar uma medalha neste campeonato.

 

Em 2019, ele foi nomeado “Atleta Masculino do Ano” pelo Conselho Esportivo da Cidade de Davao e pela Fundação Esportiva So Kim Cheng.

 

Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, Gawilan ficou em 5º lugar em sua bateria para o medley individual dos 200m masculinos e terminou em 9º no quadro geral.

 

Caminho para Deus

 

O caminho para se tornar um campeão não foi fácil. Uma colega de equipe, Rose Charlie Bustos, revelou que Gawilan não estava feliz consigo mesmo e chegou a culpar Deus por sua condição.

 

Eu não me importava com Deus antes”, disse Gawilan à colega. “Eu o culpava pelo que me tornei, de como Ele me criou, e como terminei sozinho e sem amor”.

 

Gawilan finalmente teve um encontro com Deus e percebeu que Ele “nunca o abandonou“, revelou Rose.

 

Durante o treino para as Paralimpíadas de 2016, ele deu crédito a Deus por sua recuperação após adoecer. “No mês passado fiquei doente, mas consegui voltar por causa da minha fé em Deus. Sem Ele eu não consigo fazer isso, eu confio em tudo Nele”, disse na época.


FONTE: GUIAME

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