Rui Car
22/02/2021 08h36

Adolescente catarinense ajuda mãe a comprar casa após produzir peças de crochê

André Luiz Cordeiro Muller tem 16 anos e produz peças para complementar renda familiar em Garuva. Ele já tem clientes até mesmo fora do país

Assistência Familiar Alto Vale
André confecciona peças há três anos (Foto: arquivo pessoal)

André confecciona peças há três anos (Foto: arquivo pessoal)

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O sonho de sair do aluguel e ter a casa própria foi alcançado por uma família de Garuva, no Norte de SC, depois que André Luiz Cordeiro Muller, 16 anos, aprendeu a fazer crochê. O adolescente decidiu confeccionar as peças para ajudar a mãe desempregada. Depois do sucesso da arte nas redes sociais, eles arrecadaram valor suficiente para a compra do imóvel por meio de uma vaquinha. 

 

Mesmo com o sonho alcançado, André não vai parar por aí. O adolescente quer continuar as produções para seus mais de 26 mil seguidores. 

 

A mãe dele, Luciane Aparecida Cordeiro Simão, 45 anos, não conseguia emprego principalmente em razão da paralisia infantil. A arte do crochê foi aprendida com a avó e foi a partir daí que três anos antes André decidiu levar a ideia a fundo.

 

André ao lado de sua mãe, Luciane Simão

André ao lado de sua mãe, Luciane Simão (Foto: arquivo pessoal)

 

O pai de André morreu em 2011 após uma parada cardíaca. Como eles viviam com a renda fixa da pensão, o aluguel tomava boa parte da receita. 

 

Durante 2020, um grupo formado em uma rede social resolveu ajudar a família com uma vaquinha online para arrecadação. A ideia inicial era suprir as despesas da casa. No entanto, o valor ultrapassou 137% do previsto, o que possibilitou a compra do imóvel. Foram 1,1 mil pessoas contribuindo e no fim de 2020 a família se mudou. 

 

André está no primeiro ano do ensino médio e se prepara para cursar pedagogia. Mesmo assim, quer continuar produzindo as peças. Ele já recebeu pedidos de clientes até mesmo fora do país, como Portugal e Colômbia.  

 

– Eu senti um orgulho muito grande porque eu queria mostrar a arte do crochê para muito mais gente. Senti uma alegria muito grande, porque sei que não tem tantos homens na prática do crochê e eu queria mostrar que todo mundo pode fazer isso – disse em entrevista ao portal G1.


POR: PATRÍCIA DELLA JUSTINA – A NOTÍCIA / NSC TOTAL

 

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