Rui Car
14/10/2021 16h59

Estudante é picada por lacraia e acaba hospitalizada; caso do menino de Salete segue sem resposta

Jovem de 21 anos dormia quando foi picada no lábio superior. Situação é semelhante a que vitimou o menino Brayan Gabriel Duarte dos Santos, de 2 anos

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Uma estudante de 21 anos foi picada por uma lacraia enquanto dormia e precisou ser hospitalizada por conta da ação do veneno do animal. O caso aconteceu no litoral de São Paulo e tem semelhanças com a situação que vitimou o menino Brayan Gabriel Duarte dos Santos, de apenas 2 anos, em Salete.

 

Nataly Galdino relatou à reportagem da Record TV que sentiu a picada do animal durante a madrugada. “Acordei no meio da noite, 3h da manhã, com algo grudado no meu ‘beiço’ e no cobertor. No momento em que eu puxei, foi difícil de soltar. Passados uns segundos, puxei com força e saiu. Levantei, corri para o espelho e vi minha boca machucada. Olhei para a coberta e vi uma lacraia gigante. Foi desesperador”, contou.

 

A estudante lembra que a dor era insuportável: “Chamei meus pais, eles viram que a boca começou a inchar e me levaram para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Os médicos me levaram para a emergência por conta da garganta, que estava um pouco inchada e me deixou com dificuldade de respirar”. Ela conseguiu pegar o animal e levou a lacraia em um pote para mostrar à equipe médica.

 

Menino de SC não resistiu

 

No dia 12 de setembro o menino Brayan Gabriel Duarte dos Santos morreu após ser picado por um animal peçonhento em Salete. O menino chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu à potência do veneno e morreu.

 

A picada no pescoço de Brayan evidencia que ele foi atacado por um animal peçonhento. Exames devem identificar o animal, mas o pai suspeita que o menino tenha sido atacado por uma lacraia – Foto: Arquivo pessoal

A picada no pescoço de Brayan evidencia que ele foi atacado por um animal peçonhento. Exames devem identificar o animal, mas o pai suspeita que o menino tenha sido atacado por uma lacraia (Foto: Arquivo pessoal)

A família não conseguiu identificar o animal que picou Brayan, mas o pai dele, Ismael Duarte, suspeita de que tenha sido uma lacraia. Conforme informações do IGP (Instituto Geral de Perícias), não foi possível precisar qual animal picou o menino apenas com os exames no local. Por isso, foi colhido material biológico do corpo que será analisado em laboratório.

 

O resultado dos exames, porém, ainda deve levar até quatro meses para ser concluído e divulgado. Ismael diz que, um mês depois da morte do filho, ainda não recebeu nenhuma informação que possa confirmar ou descartar sua suspeita.

 

Alguma coisa do Hospital Regional (do Alto Vale) de Rio do Sul eu já consegui, mas é só aquilo que eles fizeram. Agora eu ‘tô’ esperando, vou esperar vir daqui cinco meses – 4 meses agora – vir o laudo do laboratório pra saber o que que foi”, diz Ismael.

 

Veja cuidados que podem ser tomados para evitar acidentes com animais peçonhentos:

 

 – Limpar os ralos semanalmente com creolina e água quente, e mantê-los fechados quando não em uso;

 – Limpar e manter fechadas as caixas de gordura e os esgotos;

 – Jardins devem ser limpos, a grama aparada e as plantas ornamentais e trepadeiras devem ser afastadas das casas e podadas para que os galhos não toquem o chão;

 – Porões, garagens e quintais não devem servir de depósito para objetos fora de uso que possam servir de esconderijo para as lacraias;

 – Os muros e calçamentos devem ser cuidados para que não apresentem frestas onde a umidade se acumule e os animais possam se esconder.


Fonte: ND+ / Biblioteca Virtual em Saúde – Ministério da Saúde / R7

 
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