Rui Car
15/05/2020 14h16

Alexandre Garcia: Nelson Teich não estava se encaixando, não ‘deu cola’

Comentarista disse que o ministro da Saúde se queixava por não possuir dados suficientes sobre o coronavírus e número de infectados para continuar seu trabalho

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pedido de exoneração feito pelo ministro da Saúde, Nelson Teich, nesta sexta-feira, 15, não foi surpresa, segundo o comentarista Alexandre Garcia. “Vimos que ele não estava encaixado nas orientações do presidente, o ministro é um secretário, um servidor que não deu certo, não ‘deu cola’”, disse.

 

 

Garcia comenta que a própria escolha de Teich para o cargo, após a demissão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, já foi uma surpresa. Ele lembra que eram cotados o ex-secretário de Saúde Osmar Terra, Claudio Lottenberg, do Hospital Albert Einstein, e a doutora imunologista Nise Yamaguchi.

 

O comentarista revela ainda que na segunda-feira, 11, quando o presidente da República, Jair Bolsonaro, incluiu como atividades essenciais academias, cabeleireiros e barbeiros, Teich foi surpreendido. “Ele sequer foi avisado pelo Palácio do Planalto. Já havia essa possibilidade de ele estar sendo descartado porque não deu certo”, afirma.

 

Divergências sobre cloroquina

 

Garcia acredita que a divergência sobre o uso da cloroquina como tratamento do coronavírus não foi o motivo da saída de Teich. Ele cita que desde o ministro anterior, já havia um protocolo sobre uso do medicamento. “Os médicos estão autorizados a utilizar um composto desde que o paciente concordasse e sem doses exageradas para que não gerasse reação adversa. Não foi a cloroquina, ele simplesmente não deu certo alí”, fala.

 

O comentarista do Canal Rural cita ainda uma queixa de Teich sobre não possuir dados suficientes sobre a doença e número de infectados para continuar seu trabalho. Alexandre Garcia diz que não ‘havia números para administrar’. 

 

“Não se sabe se são milhões ou milhares, não há testes. O que se sabe é o número de mortes e atualmente há uma média bem alta. Ele se queixava que não tinha números para tomar providências, mesmo porque esses números estão nas mãos de governadores e prefeitos”, disse.

 

Possíveis nomes

 

O general de divisão Eduardo Pazuello, que é paraquedista, é um dos nomes mais cotados. “Ele era o número dois do ministério, um administrador do Ministério da Saúde”. Garcia cita ainda o ex-secretário de Saúde do Rio Grande do Sul Osmar Terra, a imunologista Nise Yamaguchi e o doutor Claudio Lottenberg, do Hospital Albert Einstein como possíveis nomes para o cargo.

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