Rui Car
10/09/2020 10h12

Fla joga bem, vence Flu com gol de Gabigol e já é vice-líder do Brasileirão

Rubro-Negro liquidou a fatura no primeiro tempo

Assistência Familiar Alto Vale
Fonte: UOL Esporte (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)

Fonte: UOL Esporte (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)

Delta Ativa

Mais time e em outra boa atuação, o Flamengo venceu o Fluminense por 2 a 1 no Maracanã, com gols de Filipe Luís e Gabigol — Digão descontou no fim. O Rubro-Negro liquidou a fatura no primeiro tempo, não tomou conhecimento do rival e assumiu a vice-liderança do Campeonato Brasileiro.

 

Com a vitória, a quarta seguida no Brasileirão, o Fla chegou aos 17 pontos, mesma pontuação que o primeiro colocado Internacional, que joga na quinta (10), contra o Ceará, no Beira-Rio. Já o Flu, que não vence há três jogos, segue perdendo posições e dormiu no 9º lugar, ainda na parte de cima da tabela — mas pode ir para a segunda página com os resultados de amanhã.

 

Arrascaeta joga solto e é o melhor em campo

 

Jogando solto do meio para o ataque, o uruguaio De Arrascaeta foi o melhor em campo no Maracanã. Não só pela participação nos dois gols, mas também por criar as melhores chances da equipe de Domènec. Todas as grandes jogadas do Rubro-Negro tinham o carimbo do camisa 14, municiado também por boas atuações de Thiago Maia e Gerson no meio de campo.

 

Levanta a plaquinha

 

Depois de um fim de semana de polêmica ao ficar no banco contra o Fortaleza, o atacante Gabigol voltou ao time titular e, como é de costume em sua passagem pelo Flamengo, fez gol de novo. A plaquinha não está mais na torcida, alijada do estádio por conta da pandemia do novo coronavírus, mas o camisa 9 marcou seu 16º gol em 2020, reassumindo a ponta na artilharia do país. No palco do clássico, são 39 gols — ele é o maior goleador do “novo Maracanã”, agora com oito a mais que Fred, que passou em branco.

 

Início avassalador

 

Como nos tempos de Jorge Jesus, o Flamengo começou o jogo sem dar espaços para o Fluminense respirar. A equipe de Domènec Torrent conseguiu pressionar o Tricolor em seu campo de defesa, e aos sete minutos, abriu o placar. Filipe Luís aproveitou rebote de Muriel em cabeçada de Arrascaeta e fuzilou para estufar as redes e abrir o placar.

 

Jogadores erram e complicam Flu

 

Odair armou o Flu com dois pontas para não só ter mais velocidade nas saídas e bolas longas como também povoar o meio de campo, com Michel Araújo mais por dentro do que de costume. Mas com o gol sofrido logo no início em falha do peruano Fernando Pacheco — uma das opções novas na equipe — que não acompanhou Filipe Luís, tudo foi por água abaixo. Muriel deveria, também, ter espalmado a bola para longe, e não para o meio da área, o que iria se repetir.

 

Ataque do Flu não funciona com Nenê de falso 9

 

Na frente, Nenê não conseguia reter a posse como falso 9 nem confundir a marcação do Fla entre as linhas. Wellington Silva tentava sozinho pela esquerda enquanto Araújo sofria com a marcação de Thiago Maia e a permissividade do árbitro Raphael Claus. Nada deu certo no primeiro tempo. Tanto que, no intervalo, Pacheco deu lugar a Fred, e o camisa 77 voltou ao meio-campo.

 

Muriel falha de novo

 

O goleiro Muriel voltou ao gol do Tricolor no clássico após ser poupado em três jogos, sendo substituído por Marcos Felipe. E o titular voltou também a falhar: deu um soco errado para dentro da grande área em falta cobrada por Arrascaeta, aos 33, e viu a bola cair nos pés de Gabigol, o melhor finalizador do Rubro-Negro. O camisa 9 pegou na veia e nem deu chances para o mal colocado camisa 29, que repete erros técnicos em todo o ano de 2020. Seu reserva pede passagem.

 

Fla povoa ataque e pressiona

 

O jogo de posição de Domènec Torrent funcionou e muito bem contra um Flu de muitas falhas no Maracanã. Na primeira etapa, mesmo sem a velocidade de Bruno Henrique, que foi desfalque, e com Diego por dentro, o Fla ocupou o campo ofensivo do rival com facilidade. Jogando solto, o Rubro-Negro poderia até ter saído para o intervalo com placar mais elástico. Thiago Maia e Gerson, também muito bem, erravam poucos passes e ganhavam a maioria dos duelos defensivos, dando sustentação e começando a construção dos muitos ataques da equipe.

 

Flu melhora no 2º tempo, mas não é suficiente

 

Com Fred na vaga de Nenê, o Flu melhorou no início do segundo tempo. O time esteve mais exposto, é verdade, mas prendeu mais a bola na frente. Ainda assim, criou poucas chances claras. Dono do jogo e em vantagem no placar, o Flamengo controlava as ações, mandava na posse de bola e era perigoso quando chegava, geralmente em erros forçados no meio de campo do Tricolor.

 

Flu faz gol de honra com Digão

 

Aos 25, Odair tirou o camisa 77, muito mal em campo, e Wellington Silva, cansado, e colocou Luiz Henrique e Marcos Paulo. A dupla de Xerém não conseguiu ajudar, nem no abafa. Aos 47, Yago bateu escanteio, Digão subiu mais que a zaga do Fla e cabeceou sem chances para Gabriel Batista. O gol de honra premiou a valentia do Flu apesar da qualidade técnica inferior ao rival.

 

Braços cruzados em protesto

 

Como em todos os jogos da rodada, logo no apito inicial, os 22 jogadores em campo passaram 15 segundos de braços cruzados em protesto pelas agressões sofridas por elenco e funcionários do Figueirense.

 

Tite de camarote no Maracanã

 

Técnico da seleção brasileira, Tite marcou presença no Fla-Flu e assistiu a partida no camarote. O treinador estava acompanhado pelo preparador físico Fábio Mahseredjian.

 

FICHA TÉCNICA

FLUMINENSE 1×2 FLAMENGO

 

Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data e hora: 9 de setembro de 2020, às 21h30
Árbitro: Raphael Claus (Fifa/SP)

Cartões amarelos: Michel Araújo (FLU) e Gerson (FLA)
Gols: Filipe Luís (7’/1ºT) (0-1), Gabigol (33’/1ºT) (0-2), Digão (47’/2ºT) (1-2)

FLUMINENSE: Muriel; Calegari, Digão, Luccas Claro e Egídio; Yuri (Yago), Dodi e Michel Araújo (Caio Paulista); Fernando Pacheco (Fred), Wellington Silva (Marcos Paulo) e Nenê (Luiz Henrique). Técnico: Odair Hellmann.

FLAMENGO: Gabriel Batista; Isla (Matheuzinho), Rodrigo Caio, Gustavo Henrique, Filipe Luís. Thiago Maia (Michael), Gerson, Everton Ribeiro (Ramon), Diego (Willian Arão), Arrascaeta (Vitinho) e Gabriel Barbosa. Técnico: Domènec Torrent.

 

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