Rui Car
01/04/2020 17h52

Multicampeão, apontado como craque e cheio de histórias: a carreira universitária de Felipe Prior, ex-BBB, como jogador

Felipe, de 27 anos, se formou em arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo

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Ex-participante do reality show Big Brother Brasil 20, da TV Globo, Felipe Prior ficou conhecido muito por conta de sua relação com o futebol. O arquiteto, que também teve uma carreira universitária como zagueiro, chegou, inclusive, a explicar como jogar na posição em um momento que rendeu até uma ‘cornetada’ de Gabigol nos defensores do Flamengo.

 

Felipe, de 27 anos, se formou em arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo. Durante seu período como estudante, defendeu as equipes de futebol de campo e de futebol de salão e obteve uma carreira vitoriosa.

 

Nos gramados do Interfau, o campeonato universitário das faculdades de arquitetura de São Paulo, disputou seis torneios e venceu cinco. Na quadras, um aproveitamento ainda melhor: sete conquistas em sete campeonatos disputados. Além dos títulos, Prior ficou marcado por ser o ‘xerifão’ da equipe e por seu comprometimento dentro dos campos ou quadras – caracteristica esta que, algumas vezes, era apresentada em excesso e rendia algumas polêmicas.

 

As características em campo

 

Prior começou sua carreira como volante nos gramados, mas ao longo do curso recuou para a posição de zagueiro, e lá se deu melhor. Nesta função, chegou a figurar duas vezes na Liga do Mackenzie, que reunia os melhores jogadores de todos os cursos da universidade.

 

“Ele sempre ficava cantando o jogo, tentando ajudar a posicionar o time. Por mais que ele fosse muito bom desarmando jogadas, tinha muita calma para sair jogando e passava muito bem a bola”, comenta Andrey Marques, meia-atacante que entrou na equipe em 2011, um ano depois de Felipe.

 

“No meio universitário, era um cara completo na defesa, ia bem em bola aérea, no mano a mano, na corrida e na saída de jogo. Logo que entrei pro time, todo mundo já respeitava ele como jogador”, analisa.

 

Ainda segundo Andrey, era difícil jogar ao lado de Prior em alguns momentos por conta de seu temperamento; o ex-participante do BBB costumava reclamar bastante de tudo. A sua entrega dentro de campo, porém, compensava o comportamento, conta o amigo.

 

“Você sabia que ele entregava 200% no jogo, e ia se matar para ganhar. Sempre foi muito competitivo, o que era bom demais”.

 

Bebida e bola

 

No Brasil, os Jogos Universitários, os famosos ‘Inters’, acontecem em feriados prolongados nos quais as faculdades vão a uma cidade do interior e intercalam jogos e festas.

 

Frequentemente, atletas bebem nas festas, dormem pouco e jogam na manhã seguinte – o que já aconteceu com Felipe.

 

Segundo Andrey, o zagueiro entrou em campo bêbado em duas ocasiões. E surpreendentemente jogou bem.

 

“Felipe já chegou a jogar uma semi ou final de Interfau bem bêbado! E foi impressionante: todo mundo meio bravo com ele, que mesmo assim jogou muito”, contou o companheiro de time.

 

“Teve uma outra vez na qual ele estava bêbado e o técnico não deixou ele jogar. Ele ficou p…, aí entrou no segundo tempo e jogou muito”, complementou o amigo.

 

O episódio da perna quebrada

 

A entrega de Felipe Prior dentro de campo, porém, às vezes significava um excesso. Em um jogo do Interfau contra a equipe da USP, em 2015, um adversário acabou levando a pior e saiu com a perna quebrada.

 

“Era um jogo contra a FAUUSP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), no ano de 2015, em Caconde (interior de São Paulo). Os Jogos Universitários sempre têm jogos pegados, e o pessoal da USP já tinha uma birra com o Prior. Ele estava jogando muito, Não perdia uma dividida. E teve uma bola que o cara deles entrou para dividir forte, assim como ele, e o adversário acabou levando a pior e fraturou a perna. Porém o próprio cara da USP sabe que não foi intencional”, garante Andrey.

 

Bola para o alto que o jogo é de campeonato

 

Em uma partida muito disputada contra a FAUUSP, Prior e seu time notaram a falta de gandulas ao redor do campo – isso quando o time do Mackenzie já estava vencendo.

 

“Estávamos ganhando o jogo, ele ia rachar a bola e isolava. Só que o time inteiro apoiou, e os outros caras começaram a ficar bravos”, conta Andrey, que lembra que os adversários vieram ‘cobrar’ seu time.

 

Isolando as bolas e gastando o tempo restante, o Mackenzie segurou o placar e venceu o rival.

 

As finais

 

Além do Interfau, Prior disputou outros campeonatos universitários e chegou a jogar duas finais no mesmo dia.

 

“No TUPI, torneio em Bauru, fomos pra final do campo e salão, e ambas eram no mesmo dia. Fomos campeões no Campo, e depois, cansados, jogamos e perdemos a final do salão para a UNESP Bauru”, relembra Andrey.

 

“Teve uma final que foi para a disputa de pênaltis e ele foi um dos jogadores que perderam a cobrança. Mas, em outra decisão, ele foi um dos que fez um dos gols da vitória, de cabeça, em um Interfau”, finaliza.

 

Fonte: ESPN

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