A economia criativa é um dos setores muito prejudicados com pandemia de coronavírus e a necessidade de medidas de prevenção, isolamento e distanciamento social. Em Rio do Sul e região, não é diferente. É o que aponta a pesquisa SOS Artistas Alto Vale, da qual participaram 115 profissionais autônomos e empresas ligados ao setor de arte, cultura e entretenimento.
As respostas do questionário online, aplicado ao longo de maio, apontam também que cerca de 33% destes trabalhadores e empresas acreditam que o prejuízo com a pandemia será irrecuperável. Já 57% creem que será possível reverter parte das perdas e outros 10% acham que será possível recuperar tudo que foi perdido assim que o setor estiver em normalidade.
A pesquisa foi organizada pela Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi), através do Colegiado de Cultura e com o apoio da Fundação Cultural de Rio do Sul. O questionário foi direcionado a empresas e profissionais que produzem ou comercializam bens culturais e artísticos, que prestam serviços de entretenimento e ensino e que promovem ou atuam em eventos e projetos.
As respostas apontam ainda que cerca de 60% vivem somente da própria atividade artística, cultural ou de entretenimento e não possuem outra fonte de renda. Também 60% acreditam que ficarão parados por mais de três meses, pois o trabalho vai demorar a se normalizar mesmo depois do isolamento.
Como a pesquisa visava mapear os impactos no setor para planejar medidas de incentivo à retomada do trabalho, o questionário indagava sobre formas de apoio e ajuda por parte do setor público. Três pessoas responderam que poderiam ser ajudadas com a doação de alimentos, 46% com repasses financeiros, 14% buscam linhas de crédito e 38% contratações para mais trabalhos.
Mais informações: Amavi (47 3531-4242) e Fundação Cultural (47 3521-7702).
Resultados da SOS Artistas do Alto Vale
- 115 respostas válidas;
- Empresas e profissionais autônomos de 16 cidades do Alto Vale participaram;
- A maioria é da área da música, seguida do artesanato e em terceiro a produção de eventos;
- Cerca de 60% vivem somente da atividade artística, cultural ou de entretenimento e não possuem outra fonte de renda;
- 98% tiveram eventos e trabalhos adiados ou cancelados (56% paralisadas totalmente, 42% paralisadas parcialmente);
- Cerca de 60% acreditam que ficarão parados por mais de três meses, pois o trabalho vai demorar a se normalizar mesmo depois do isolamento;
- Cerca de 33% acreditam que o prejuízo da pandemia será irrecuperável, 57% que será possível reverter uma parte das perdas e outros 10% acham que quando a pandemia passar a demanda vai aumentar e será possível recuperar o que foi perdido.
- Três pessoas responderam que poderiam ser ajudados com doação de alimentos, 46% com repasses financeiros, 14% buscam linhas de crédito e 38% contratações para mais trabalhos.
Por: Fundação Cultural de Rio do Sul/Tiago Amado
