Rui Car
11/04/2017 13h25 - Atualizado em 11/04/2017 10h52

Família espera há três meses por laudo da morte de criança eletrocutada em SC

Caso ocorreu em 21 de dezembro

Assistência Familiar Alto Vale
G1 SC

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Delta Ativa

m Içara, no Sul de Santa Catarina, uma família aguarda há mais de três meses pelo laudo que apontará o responsável pelo acidente de causou a morte de um menino de três anos. O número de profissionais para produzir os laudos periciais no estado é insuficiente e atrasa a emissão dos documentos, como mostrou o RBS Notícias.

 

No dia 21 de dezembro de 2016, Samuel Davi estava brincando com outras crianças quando encostou em um poste e foi eletrocutado. A perícia do Instituto Geral de Perícias (IGP) deve apontar quem são os responsáveis pela energização do poste. Na Polícia Civil, a investigação está lenta, porque depende do laudo para avançar.

 

“No contato com o IGP, o responsável disse que isso vai levar cerca de mais três a quatro meses”, relatou o advogado Diego Bocianoski Albano.

 

O delegado de Içara disse que já chegou a esperar até um ano por uma perícia técnica. “O atraso na perícia vai prejudicar e muito a investigação, porque, muitas vezes, nós dependemos dos laudos periciais para saber qual será o próximo passo na investigação”, afirmou o delegado Rafael Iasco.

 

Samuel morreu com choque após tocar em poste em Içara (Foto: Reprodução/RBS TV)Samuel morreu com choque após tocar em poste em Içara (Foto: Reprodução/RBS TV)

Samuel morreu com choque após tocar em poste em Içara (Foto: Reprodução/RBS TV)

 

“O nosso filho faleceu e nós não temos nenhuma culpa e não estamos vendo interesse de justiça”, disse Samuel Lima Florêncio, pai de Samuel.

 

 

Procurado pela RBS TV, o diretor do IGP deu um novo prazo, o laudo do local do crime deve sair até o final da próxima semana. Miguel Colzani afirmou que a demora não é comum e que o baixo efetivo se restringe a casos pontuais.

 

Peritos no estado

Na região de Criciúma, há 12 peritos e médicos legistas. Nas contas da Associação Nacional dos Peritos deveriam ser 100. “A princípio nossa associação recomenda um perito criminal ou perito médico legista a cada 5 mil habitantes. Isso faria com que a gente tivesse hoje um quantitativo de mais de mil peritos em Santa Catarina”, disse Júlio Freiberger Fernandes do Sindicato dos Peritos Oficiais de Santa Catarina.

 

O IGP informou que hoje são 230 servidores no estado. No ano passado, eles realizaram quase 120 mil perícias. Para quem espera uma resposta, o número é insuficiente.

 

Um concurso deve ser aberto no segundo semestre para repor as baixas por aposentadoria, cerca de 60 vagas. Segundo o diretor, o número deve ser suficiente para atender as demandas do estado.

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