A falta de profissionais no Instituto Médico Legal (IML) de Rio do Sul, no Vale do Itajaí, causa uma espera de até 13 horas para a liberação dos corpos. O Instituto Geral de Perícias (IGP) afirmou que fez processo seletivo no mês passado, mas não há prazo para a convocação dos aprovados.
PROCEDIMENTO
Só nos primeiros 20 dias do ano, foram 16 mortes violentas na região, a maioria em acidentes na BR-470. O IML de Rio do Sul atende 29 cidades. Como as localidades são distantes, às vezes a liberação do corpo pode demorar até seis horas. Isso se o profissional estiver no plantão. Atualmente só há uma assistente, essencial para o processo.
“O auxiliar médico legal que vai no local e faz a parte de remoção. Sem auxiliar, não tem como fazer o deslocamento do corpo. Tem dias que a gente tem demanda de sete corpos, com um auxiliar médico legal somente”, explicou a auxiliar médico legal Paola Borges.
TRANSFERÊNCIA PARA BLUMENAU
O IML de Blumenau, distante cerca de 90 quilômetros de Rio do Sul, atende quando esse profissional não está em serviço. Com trânsito, a viagem leva em média duas horas.
No mês passado, o IML de Rio do Sul conseguiu uma parceria com a Polícia Militar. Agora, um policial aposentado tem autorização para transportar o corpo de Rio do Sul a Blumenau. Com isso, a família não tem mais o prejuízo com a funerária, que chegava a ser de R$ 500.
A médica legista Monica Serapião diz que a solução encontrada não é a ideal: “Você acaba sobrecarregando o IML que está recebendo corpo a mais e não está preparado para a demanda que vem de outros municípios”.
No processo seletivo do IGP, duas vagas estão reservadas para Rio do Sul.
Fonte: G1