Rui Car
22/05/2017 13h55 - Atualizado em 22/05/2017 14h08

Dentro da crise, Gavazzoni deixa o governo Colombo

Gavazzoni, que é advogado, voltará a atuar no Direito

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Blog da Karina Manarin

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Antônio Gavazzoni não é mais secretário de Estado da Fazenda. Ele deixou o cargo nesta segunda-feira após uma conversa com o governador Raimundo Colombo e com o deputado e presidente estadual do PSD, Gelson Merísio. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do governo.

 

Gavazzoni, que é advogado, voltará a atuar no Direito. Ele era considerado o homem forte do governo Colombo desde o mandato anterior e foi acusado, na delação premiada da JBS, de ter recebido R$ 10 milhões em nome do governador.

 

O ex-secretário vai conceder entrevista coletiva ainda nesta segunda-feira para explicar as razões da saída. De antemão, ele confirmou que a decisão foi pessoal e irrevogável. 

 

Nota à imprensa
Nesse tempo em que fui secretário de Estado e presidente de estatal me concentrei sempre em enfrentar problemas e crises. Nunca fui seduzido por assuntos que gerassem publicidade positiva, como inaugurações ou festas políticas.

 

Zelei cada dia pelo interesse público, trabalhei dando toda minha força, energia, conhecimento e capacidade para enfrentar grandes problemas públicos, desde a crise econômica e climática de 2008, depois à frente do grupo Celesc e, sobretudo, na Secretaria da Fazenda nestes últimos anos da pior crise econômica que o país e o Estado já viveram em toda sua história. Vencemos por não aumentar impostos nem atrasar salários.
Se isso tivesse ocorrido, a Segurança, a Saúde e a Educação teriam entrado em colapso, como aconteceu em vários estados. O progresso econômico e social estaria severamente comprometido.

 

Porém, apesar de todo meu entusiasmo pelas missões públicas, neste momento não tenho forças para seguir comandando os homens e mulheres de grande capacidade técnica que pertencem aos quadros da Fazenda.

 

Não vou descansar, mas me dedicar a mostrar a cada pessoa que confiou em mim ao longo desses 11 anos, que nada do que foi dito por criminosos confessos é verdadeiro. Todos os encontros narrados foram presenciados por terceiros que testemunharão para esclarecer a verdade. Os heróis brasileiros em que se transformaram os Procuradores da República e os Magistrados sabem e saberão julgar aqueles com quem lidam. Esses criminosos confessos, que buscam a qualquer preço montar versões que justifiquem a troca de penas alongadas por liberdade e vida milionária no exterior, não podem vencer.

 

Na nossa vida tudo tem um limite. A minha enérgica disposição para enfrentar problemas no Estado encontrou o seu: os dois fatos envolvendo questões eleitorais, injustas e improcedentes quando citam meu nome e, por isso, doloridas. Abro mão do foro privilegiado porque nada temo. Agradeço ao governador Raimundo Colombo pela confiança e amizade recíprocas, bem assim a todos os colegas de Governo.
Tenho Deus por testemunha de minhas palavras e, mesmo passando por tudo isso, só agradeço às amizades e simpatias que conquistei.

 

Antonio Marcos Gavazzoni
22 de maio de 2017

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