Rui Car
22/02/2017 11h11 - Atualizado em 22/02/2017 08h50

Blumenau tem mais de 3 mil vagas de emprego disponíveis

Destaque para setores como comércio, serviço e tecnologia

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A história é conhecida: crise econômica, baixa nas vendas e na produção, redução de custos na empresa, que vira corte de funcionários para tentar manter a saúde financeira do negócio. Neste cenário, é bem provável que você ou alguém próximo tenha encontrado o desemprego nos últimos anos e se viu em busca de uma nova oportunidade no mercado de trabalho. Não se sinta sozinho, no último trimestre de 2016 o número de desempregados no Brasil bateu os 12 milhões de pessoas. É quase o dobro da população do estado de Santa Catarina com a carteira de trabalho em uma mão e o currículo na outra.

 

Para quem está empregado, o fantasma é o medo do desligamento. Na região Sul, em uma escala de 0 a 100 – em que quanto mais alto o valor, maior o medo de perder o cargo – uma pesquisa da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) apontou o índice 57,8. É o menor entre todas as regiões do país, mas afeta até trabalhadores com ensino superior completo, conforme o levantamento.

 

Se, em meio a tudo isso, ficou mais fácil perder o emprego e mais difícil encontrar um novo, a esperança é de um ano melhor, mesmo contra as expectativas. Entre as principais agências de Blumenau e os dois maiores portais na internet, um levantamento feito pela reportagem do Santa mostra que mais de 3 mil oportunidades de trabalho estão disponíveis na cidade. São vagas para especialistas ou novatos, experientes ou em busca do primeiro emprego, com salários entre o mínimo nacional e até R$ 10 mil. Olhando a fundo, as vagas à disposição mostram também a mudança do perfil do mercado de trabalho do município.

 

Comércio e serviço são os que mais crescem

A área com mais vagas disponíveis no município ainda é a indústria (veja detalhes no infográfico abaixo), mas o comércio e o setor de serviços seguem logo atrás no ranking, em um movimento inverso ao da produção industrial. Cai a cada ano o número de vagas ofertadas em Blumenau para cargos como auxiliar de produção e os chamados “chão de fábrica”, enquanto crescem – mesmo com a crise – as oportunidades no comércio e no setor de serviços.

 

– Três anos atrás nós trabalhávamos com uma média entre 1 mil e 1,2 mil vagas por mês. Hoje esse número fica entre 200 e 250 (considerando todos os setores). Houve uma queda muito grande das vagas ofertadas no ano passado e desde lá estagnou, não voltou a subir – comenta a coordenadora de recrutamento e seleção da DP Empresarial, uma das principais agências de emprego de Blumenau, Débora Pereira da Silva.

 

A queda ainda é segurada por outro setor que, na contramão da situação do país, segue crescendo em SC e em Blumenau: o da tecnologia. As vagas em TI (tecnologia da informação) já representam 10% de todas as ofertas nas agências de emprego da cidade e quase 15% das divulgadas pela internet. Bom salário inicial e a oportunidade de ingresso no setor com cursos técnicos de curta duração são alguns dos fatores que esquentam esse mercado.

 

Segundo dados da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), Blumenau registra desde 2015 um crescimento anual de 3% no número de funcionários do setor tecnológico, perdendo no Estado apenas para Florianópolis.

 

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