Um vídeo sobre uma abordagem policial na cidade de Pomerode, tem gerando grande repercussão nas redes sociais. Nela, é visto um homem com seu filho no colo, e a PM realizando o procedimento de abordagem. No final, o homem é atingido pela arma de choque, por não obedecer aos comandos dos policiais. Para elucidar os fatos, a Educadora traz a versão do motorista e da PM. Veja as duas versões do fato:
VERSÃO DE AMIGOS E FAMILIARES DO MOTORISTA
“Olhem a conduta da PM em Pomerode-SC, percebam como é tratado o cidadão honesto, trabalhador e pai de família. Ao ir levar o filho à casa da ex- mulher, o rapaz é abordado por policiais, quando este saía da casa. Recebeu ordem de prisão por embriaguez, sendo que o carro estava estacionado e ao menos estava dirigindo. Ao se recusar a fazer o procedimento do bafômetro, os policiais dão choque nele com o filho no colo. Foi conduzido à delegacia e obrigado a se submeter ao teste de bafômetro, o qual não constou alteração.
Foi liberado, no entanto, apreenderam o carro dele, sem nenhuma justificativa, pois os documentos estão devidamente corretos e em dia. Este é o retrato do completo desrespeito, essa instituição que deveria nos proteger é a mesma que bate, subjuga e humilha. Está errado, chega de abuso de autoridade. Estes policiais devem ser responsabilizados por atitudes covardes como essas. Além isso, ameaçaram a pessoa que gravou o vídeo, e tomaram o celular da mão dele, só que esta ainda teve tempo de enviar o vídeo. Estou divulgando para que todos saibam o que aconteceu”.
NOTA DE ESCLARECIMENTO DA PM:
Circula um vídeo pelas redes sociais que mostra apenas PARTE de toda a ação. Ocorre que, segundo relato dos policiais que atenderam a ocorrência, na tarde de 22 de janeiro de 2017 a guarnição policial militar foi acionada pela Central Regional de Emergência para atender uma ocorrência de violência doméstica e dano, sendo que o ex-marido teria arrombado a porta da residência, com o objetivo de tirar o filho a força da casa da mãe.
No momento em que a guarnição policial chega no local e tenta contato com a solicitante (tocando a campainha onde ninguém atendeu), o ex-marido chega dirigindo o veículo dizendo que queria devolver a criança que tinha pego anteriormente.
O ex-marido se mostrou bastante irritado querendo saber o que a polícia fazia no local e quem que havia chamado, querendo sair com seu veículo a todo instante, oportunidade que logo se constatou o odor etílico sendo exalado pelo ex-marido, além de outros sinais de embriaguez.
Observa-se que os policiais foram PACIENTES, CLAROS e LEGÍTIMOS em suas DETERMINAÇÕES, inclusive quanto à ordem para soltar a criança.
Houve desobediência e resistência por parte do autor (em vários momentos da ocorrência), que infelizmente se utilizava de uma criança (seu próprio filho) como ESCUDO para não acatar as determinações dos policiais e para se livrar das responsabilidades dos atos que até então cometeu.
A preocupação pela segurança e integridade física da criança era constante e o pai continuava a utilizá-la como escudo para não se submeter às ordens legais. Em alguns momentos onde o policial tentava conter o autor e fazer cumprir a LEI, o autor fazia movimentos bruscos e continuava a resistir, apresentando clara conduta de confrontamento.
Em determinado momento em que a posição do autor favoreceu uma ação policial, os policiais agiram para fazer cumprir a LEI e resguardar a INTEGRIDADE FÍSICA de todos os envolvidos, antes que a situação evoluísse ainda mais. Observa-se que a integridade física da criança foi priorizada, vez que foi imediatamente acudida e colocada em local seguro. A força física notória do rapaz, que usava seu próprio filho como escudo, trouxe, ainda mais, complexidade para a ocorrência, exigindo concentração e proporcionalidade na ação dos policiais.
A Polícia Militar é uma instituição séria, confiável, técnica e legalista. Em que pese à princípio não se vislumbrar ilegalidade por parte dos policiais segundo os relatos e imagens, será solicitada a instauração de procedimento investigativo para apuração dos fatos e das responsabilidades, inclusive dos eventuais comentários ofensivos e indecorosos que foram proferidos nas redes sociais de forma injusta e sem conhecimento de causa.