Rui Car
04/07/2019 15h35 - Atualizado em 04/07/2019 14h19

Uefa sugere proteção a times que forem longe na Champions e propõe “Supercopa” de seleções

Seu mandato vai até 2023

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Aleksander Ceferin, presidente da Uefa, sugeriu em entrevista ao jornal britânico “Times”, que os semifinalistas da Liga dos Campeões passem a receber uma “proteção” nas temporadas seguintes. Segundo o dirigente, é injusto a vaga não ser assegurada a times que forem mais longe, pois, como têm mais visibilidade e não sabem se vão chegar à fase de grupos, acabam vendendo seus principais jogadores.

 

 

Aleksander Ceferin nega desejo de ser presidente da Fifa — Foto: EFE/Sebastien NogierAleksander Ceferin nega desejo de ser presidente da Fifa — Foto: EFE/Sebastien Nogier

Aleksander Ceferin nega desejo de ser presidente da Fifa — Foto: EFE/Sebastien Nogier

 

Ele usa como exemplo o Ajax, que chegou à semifinal da última Champions, mas se equivoca ao falar do Leicester City, que foi eliminado nas quartas de final da edição 2016/2017. O clube holandês está na terceira eliminatória da atual edição, a penúltima antes da fase de grupos.

 

– Gostaríamos de proteger equipes, como o Ajax neste ano ou Monaco e Leicester City (2016/2017) em anos anteriores. O Ajax chegou às semifinais na última temporada e agora vai vender seus jogadores porque não sabe se vai chegar à fase de grupos. Não penso que devemos proteger muitos clubes, mas penso que temos que proteger alguns. Uma ideia que temos é que os clubes que consigam chegar a uma certa fase da competição possam competir na edição seguinte (na fase de grupos) – disse Ceferin.

 

O dirigente esloveno sugeriu também uma Supercopa entre o campeão da Eurocopa e o campeão da Copa América e acredita que as entidades não precisem da autorização da Fifa para seguir adiante com a ideia.

 

– Por que precisamos da permissão da Fifa para organizar uma competição? É uma decisão de duas confederações. Nós não somos membros da Fifa, somos independentes. Somos sócios, mas não seus subordinados.

 

Vale lembrar que a Conmebol já deu a entender que pretende recriar a Copa Intercontinental de clubes, que entre 1960 e 2004 opôs os campeões da Libertadores e da Copa dos Campeões (depois Liga dos Campeões) da Uefa.

 

 

Ceferin também foi questionado na entrevista sobre se candidatar à presidência da Fifa e negou ter esse desejo. Por outro lado, se mostrou em dúvida quando questionado se tentaria a reeleição na Uefa. Seu mandato vai até 2023.

 

– Não. Fifa, não (se candidataria). Na Uefa (reeleição), não sei. De qualquer forma, temos limites de mandatos, mas nunca se sabe. Se tivessem me dito há cinco anos que eu seria presidente da Uefa, teria dado risada. Tenho mandato até 2023 e terei de tomar uma decisão. Estou gostando (do cargo). É uma organização de futebol, não uma organização política.

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