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O futebol italiano foi muito bom com Hernanes. Mesmo quando o meia não vivia grande fase, sempre havia outro clube interessado. É visível que o ex-são paulino não está em seu melhor momento, mas ainda assim é um grande jogador com bom mercado na Europa. O próximo passo dele deve ser deixar a Juventus rumo ao Genoa, em uma espécie de troca com o venezuelano Tomas Rincón, contratado pela Juve nesta janela de transferências. Isso é necessariamente bom para o brasileiro?
Desde que saiu do São Paulo para assinar com a Lazio, em 2010, Hernanes é um dos atletas mais interessantes da posição na Serie A italiana. Foi protagonista com a camisa biancocelesti por quatro anos até assinar com a Internazionale. Não impressionou após um ano e em 2015 foi comprado pela Juventus.
Sem tanto espaço em virtude do elenco recheado de opções no setor, Hernanes se viu em uma situação complicada: a de lidar com as poucas chances, algo que não vivenciava desde o início da carreira como jogador do São Paulo. Agora o elenco se transformou de uma maneira que coloca Hernanes na berlinda. A chegada de Rincón, mais de marcação, praticamente liquida as chances do brasileiro de atuar pela equipe. Sobretudo agora, na segunda metade da temporada, marcada por decisões.
Hernanes não merece ficar de canto ou sentado no banco o tempo todo. Ele já tem 31 anos, é verdade, mas pode se beneficiar de uma mudança de ares. O Genoa está apenas em 12º lugar, mas a distância para o pelotão superior não é tão grande. Sabe-se que os grifoni estavam com uma equipe organizada e competitiva, não tanto quanto os grandes, mas o bastante para beliscar uma vaga europeia.
Ter um camisa 10 como Hernanes pode facilitar uma reação na temporada. O problema é que o grande goleador da equipe, Leonardo Pavoletti assinou com o Napoli para a reta final e deixou o clube desfalcado para o ataque e o meio, com a saída de Rincón. Essas duas posições estão carentes e devem forçar a diretoria a procurar dois ou três jogadores para reposição. O meia Adriano Beghetto, do SPAL, já foi anunciado, mas não necessariamente é um substituto para Rincón, já que tem perfil mais discreto. Os próximos dias reservam surpresas para a equipe genovesa. A imprensa italiana fala também no atacante Mauricio Pinilla, chileno que está na Atalanta.
Para Hernanes, descer um pouco de nível na Itália talvez não seja uma ideia tão ruim. Está claro que ele já não vive seu ápice e ajudar a remontar este Genoa é um desafio interessante. O time não é pequeno como se supõe e tem potencial para fazer boas campanhas.
Talvez seja mesmo a hora para que Hernanes saia do radar dos clubes grandes e atue por equipes mais modestas antes de cogitar um retorno ao Brasil, que também não seria loucura à esta altura. De momento, o Genoa é a grande chance que ele tem para retomar o seu papel de destaque como nos tempos de Lazio. Quem sabe o que os rossoblù podem oferecer para essa fase de sua carreira?
