Rui Car
09/12/2019 08h56

Renovações, centroavante e salários: os desafios do Vasco para planejar 2020

Com o fim do Campeonato Brasileiro, diretoria intensifica nesta semana as reuniões para montar elenco da próxima temporada

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A bola parou de rolar, e a movimentação partiu para os escritórios. A partir desta segunda-feira, a diretoria do Vasco vai intensificar as conversas para acelerar o planejamento de 2020. Muitos assuntos pendentes começarão a ser resolvidos.

 

O principal deles é a renovação de Vanderlei Luxemburgo. A negociação avançou após reunião no sábado, mas o treinador voltou a deixar claro, em entrevista coletiva, que espera duas coisas para o ano que vem: um compromisso para o pagamento dos salários (inclusive os deste ano ainda em atraso) e a possibilidade para montar um elenco mais forte.

 

 

Campello e Luxemburgo no treino do Vasco — Foto: André DurãoCampello e Luxemburgo no treino do Vasco — Foto: André Durão

Campello e Luxemburgo no treino do Vasco — Foto: André Durão

 

Para montar um grupo mais qualificado, o primeiro passo será tentar manter alguns jogadores em fim de contrato.

 

O zagueiro Henríquez e o volante Guarín são dois que iniciaram conversas para renovar. O segundo, aliás, viaja nesta segunda-feira para a Colômbia e deixará a negociação a cargo de seus empresários, que já se reuniram uma vez com a diretoria.

 

Com os jogadores se preparando para as férias, há também a necessidade de cumprir a promessa de quitar os salários em atraso deste ano.

 

O Vasco receberá uma premiação de R$ 14,6 milhões pelo 12º lugar no Campeonato Brasileiro e espera usar parte disso para pagar. A intenção é finalizar o ano com tudo resolvido.

 

 

E os reforços?

Uma lista de possíveis reforços já foi traçada pela comissão técnica. A prioridade total é a contratação de um centroavante. Nenhuma conversa, porém, foi iniciada, justamente por esperar a definição de Vanderlei Luxemburgo.

 

Nomes como os de Nicolás Blandi, do San Lorenzo, e Germán Cano, do Indepediente Medellín, são monitorados pela diretoria desde o meio do ano, mas não estão no radar de Luxemburgo por enquanto.

 

Há, inclusive, uma preferência da comissão técnica por jogadores brasileiros. Alguns que atuam na Europa foram observados e são vistos como opções. Poucos estrangeiros integram a relação.

 

Além de um atacante, a ideia é qualificar de forma geral o elenco. Isso vai depender também do que será definido com Luxemburgo em relação a saídas de jogadores.

 

Quem sai?

Ao todo, 17 jogadores encerram contrato com o Vasco em dezembro. Como dito acima, Henríquez e Guarín começaram as conversas e são casos mais simples, pois envolvem um contato direto do clube com eles.

 

Boa parte do restante tem contrato com outro clube. Rossi, por exemplo, interessa, mas a negociação com o Shenzhen, da China, é considerada complicada. A opção de compra do atual empréstimo é de 5 milhões de dólares, valor fora da realidade do Vasco.

 

Em relação a Richard, outro que a diretoria deseja a permanência, será necessário esperar para saber se o volante terá espaço no Corinthians com a chegada do técnico Tiago Nunes.

 

Felipe Ferreira, emprestado pela Ferroviária, é outro que deve ter mais chances, mas é preciso exercer uma cláusula de renovação do empréstimo.

 

Outros emprestados que jogaram menos, como Valdivia, Clayton, Sidão e Danilo Barcelos, têm chance menor de ficar.

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