Rui Car
22/04/2019 08h55

Presidente da Chape pede anulação da final do Catarinense após polêmica com VAR

Maninho é um defensor da implementação do árbitro de vídeo

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Globo Esporte

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O Avaí levantou a taça estadual na tarde deste domingo, mas a competição pode ter um capítulo a mais. Após a polêmica gerada pelo VAR, que confirmou o erro de Bruno Pacheco na quarta cobrança de pênalti da Chapecoense e que deu o título ao Leão, o presidente do Verdão, Plinio David de Nes Filho, pediu a anulação da final.

 

Cerca de 30 minutos depois do fim da partida, a rádio Super Condá flagrou um momento de forte cobrança do mandatário verde e branco ao presidente da Federação Catarinense de Futebol, Rubens Angelotti. Boa parte das palavras foram inaudíveis, mas Maninho chegou a soltar alguns palavrões, demonstrando muita exasperação. 

 

Depois do episódio, aos microfones da mesma rádio, fez duras críticas ao árbitro Bráulio da Silva Machado, responsável pelo jogo, e afirmou que iria pedir a anulação da partida. O GloboEsporte.com confirmou que o dirigente realizou o pedido na CBF e também na FCF ainda na noite deste domingo.

 

– Primeiramente, queremos esclarecer que não reconhecemos esse resultado. Nos julgamos no direito pela falha indecorosa deste árbitro, que deve ser punido e afastado do futebol brasileiro por uns seis meses ou um ano.

 

 

Ainda exaltado, o presidente continuou, mas demonstrou pessimismo em relação à possibilidade de o jogo realmente ter o resultado invalidado.

 

– Não merece o respeito da nossa comunidade de Chapecó e dos torcedores da Chapecoense pela atitude desta noite, quando a bola realmente entrou, denegrindo, esse cidadão, a imagem do futebol catarinense. Péssimo elemento, descompromissado com a verdade e com aquilo que se deve fazer numa final, arbitrar sem olhar quem. Péssima arbitragem. Estamos entrando com a solicitação de suspensão desta partida, embora a gente saiba o resultado. A gente sabe de tudo isso.

 

Maninho é um defensor da implementação do árbitro de vídeo, inclusive com voto a favor da tecnologia em um congresso técnico da CBF em 2018, quando a maioria optou pela não utilização do recurso.

 

Não vamos nos calar diante da tamanha vergonha que tivemos em Florianópolis. O Avaí poderia ter vencido com dignidade. Não precisava de comprometimento com arbitragem, de jeito nenhum. Ele (título) foi comprometido com a falta de qualidade e inverdade.

 

Rubens Angelotti, presidente da FCF, deixou em aberto a possibilidade de recurso — Foto: Marcelo Negreiros/FCFRubens Angelotti, presidente da FCF, deixou em aberto a possibilidade de recurso — Foto: Marcelo Negreiros/FCF

Rubens Angelotti, presidente da FCF, deixou em aberto a possibilidade de recurso — Foto: Marcelo Negreiros/FCF

 

O presidente da Federação Catarinense comentou o assunto depois do encontro com o presidente da Chape.

 

– A possibilidade existe (de recurso). Se quiser entrar, pode entrar. Tribunal vai julgar se compete. Ele acha que entrou, outro acha que não. Teve o VAR. Direito de reclamar ele tem – falou à rádio Super Condá.

 

Após receber a premiação no gramado, o árbitro FIFA, Bráulio da Silva Machado, defendeu a posição de que a bola do pênalti de Bruno Pacheco não entrou na totalidade.

 

– O último lance foi muito ajustado, porém o assistente me passou que a bola não tinha entrado. Porém, por prudência e pelo uso da tecnologia do VAR, decidimos utilizar para confirmar o que havia sido passado pelo assistente. A decisão se confirmou de que a bola não entrou totalmente e ficou 4 a 2 no resultado final, sendo o Avaí campeão – disse ao repórter Rodrigo Polidoro.

 
 

Bráulio da Silva Machado consultou VAR, mas confirmou erro no pênalti de Bruno Pacheco — Foto: Cristiano Andujar/Futura PressBráulio da Silva Machado consultou VAR, mas confirmou erro no pênalti de Bruno Pacheco — Foto: Cristiano Andujar/Futura Press

Bráulio da Silva Machado consultou VAR, mas confirmou erro no pênalti de Bruno Pacheco — Foto: Cristiano Andujar/Futura Press

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