Rui Car
11/09/2019 08h29

Mano cita possível recorde e vê Palmeiras na briga pelo Brasileiro: “Esperança de que é possível”

Caso vença o Cruzeiro na última rodada, Verdão termina o primeiro turno com 39 pontos

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Globo Esporte

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Palmeiras de Mano Menezes venceu a segunda partida consecutiva na noite desta terça-feira, contra o Fluminense, em casa, por 3 a 0. O treinador, após o jogo, comemorou a sequência positiva, mirando fechar o turno colado nos líderes.

 

– O nosso problema é tentar vencer o Cruzeiro no sábado e fazer a terceira vitória consecutiva, que seria muito bom no último jogo do primeiro turno. Poderíamos fazer uma pontuação quase que recorde do Palmeiras no primeiro turno. Comparado aos números do ano passado, já está se chegando em um número melhor – disse Mano.

 

Em 2018, ano em que o Palmeiras foi campeão Brasileiro com Felipão, o Verdão terminou o primeiro turno com 33 pontos, oito atrás do líder São Paulo. Em 2016, terminou com 36. Caso vença o Cruzeiro, no próximo sábado, em casa, encerra com 39 pontos – veja a tabela.

 

– Cria a esperança de que é possível, vamos trabalhar muito para isso – completou.

 

Mano Menezes, treinador do Palmeiras — Foto: Marcos RibolliMano Menezes, treinador do Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli

Mano Menezes, treinador do Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli

 

Veja mais tópicos da entrevista de Mano Menezes

Agitação na beira do campo

– Sempre trabalhei assim, tenho 25 anos de estrada. Não vou inventar coisas para aparecer A ou B. Eu vou ser o que sou. É que às vezes eu não sou o que as pessoas falam por aí, sou diferente. O trabalho no início exige uma participação maior, você corrige mais na beirada do campo. Mas sempre fui muito participativo. A minha questão de envolvimento é como a maioria dos treinador. Você participa na proporção que a equipe precisa mais ou menos, não pode atrapalhar o jogo.

 

Filosofia de treinamento para mata-mata é diferente de pontos corridos?

– O Brasileiro tem 38 decisões. Mas em 38 decisões, fica fácil você se perder um pouco. Passa um momento difícil, aí é mais complicado trazer de volta para o foco da competição. O brasileiro sempre enxerga mais próximo. Na Copa do Brasil sempre está ali o objetivo. Em ponto corrido fica um pouco mais distante, aí fica mais fácil se dispersar. É mais difícil manter o grupo focado, principalmente quando você se distancia do líder. Temos que ter mais foco, jogadores mais inteligentes para entender que a competição é assim e exige que a cada rodada você entregue tudo.

 
 

Sobre desconfiança da torcida

– Eu sempre procurei, nos lugares que passei, me entregar de corpo e alma com o maior respeito pela camisa que estou vestindo. Vai ser assim no Palmeiras. Espero que possamos juntos construir trajetórias vitoriosas, que faça com que o torcedor sinta algo diferente pelos profissionais que estão aqui. Mas essas coisas se constroem, se conquista. Eu sei como o futebol é duro, pela experiência que tenho. Também não me iludo com críticas exageradas, essa ideia de que tudo é rede social. Tem muita gente que é normal. É para os normais… essa é a verdadeira massa torcedora. Essas pessoas são respeitosas, sabem como é difícil, como os profissionais aqui trabalham sério.

 

Sobre estrear na arena do Palmeiras

– Se não me engano é o quinto jogo que dirijo na arena. Estou invicto, aproveitei a oportunidade para embalar. Brincadeiras a parte, todos os jogos são difíceis. Na casa da gente, você tem que construir um ambiente forte e vencedor. Você tem que ter a condição dos adversários respeitarem a força que você tem em casa, o time fica mais confiante.

 

Rodízio de goleiros?

– Tínhamos uma regra interna e eu obedeci e dei sequência. Em Goiânia era a vez do Jailson pelo rodízio, agora foi a vez do Prass. Não sei se vou manter essa condição, vamos analisar. E o Weverton é o titular da equipe, vamos manter isso.

 

Mano Menezes - Palmeiras x Fluminense — Foto: Marcos RibolliMano Menezes - Palmeiras x Fluminense — Foto: Marcos Ribolli

Mano Menezes – Palmeiras x Fluminense — Foto: Marcos Ribolli

 

Sobre recomposição defensiva

– Eu não exijo matar atacantes para voltar toda hora para marcar. Temos que revezar o retorno. Vale muito para o Willian que fez a beirada de um lado e Dudu, que hoje jogou mais por fora. Esses jogadores sofrem mais. Na medida em que os jogadores começam a perder a bola lá na frente, a obrigação de retorno é de quase 60 metros. Aí você tem que ser inteligente e capaz, como equipe, de não dar essa chance. A cobrança é igual para todos, eles sabem disso.

 

Sobre Luiz Adriano

– Falar de um centroavante que fez três gols no jogo é chover no molhado. É importante para ele fazer. A bola chegou. A equipe precisa oferecer. Hoje e contra o Goiás as bolas chegaram. Jogadas bem construída. São jogadores de alto nível, se a bola chegar nessa condição eles vão fazer. Na medida em que fizermos isso com qualidade, todos eles, quando estiverem fazendo a função, vão marcar.

 

 

Sobre Deyverson não ser relacionado

– Eu só posso relacionar 23. Temos mais que isso. Alguns, em determinados momentos, vão ficar fora. Mas ninguém está fora do grupo. Não tem razão nenhuma de termos algum jogador fora com o nível de profissionalismo que eles têm. Estamos, para alguns, em um processo de evolução onde é possível, pela qualidade do elenco, você usar em determinados jogos, trabalhar com eles durante uma semana cheia e usar depois. O Deyverson pode estar logo, logo. Não tenho certeza ainda quem colocar no jogo contra o Cruzeiro.

 

Consistência defensiva

– Eu penso que para vencer um campeonato não pode ficar sofrendo muitos gols toda hora, se não te obriga a fazer muitos gols para obter a vitória. Existe uma confusão entre se defender bem e não atacar. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Se defender bem é a obrigação de um time que está sendo atacado. Se pudermos fazer isso mais para frente, vamos sofrer menos, recuperar a bola no campo de ataque. Esse é o ideal. Mas às vezes você não consegue. Nessa hora você tem que ter uma postura de defesa para evitar que o adversário entre no seu gol. Esse é o caminho.

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