Globo Esporte
Desaparecido há mais de 24 horas após o sumiço de um avião no Canal da Mancha, o argentino Emiliano Sala dificilmente será encontrado com vida, de acordo com o líder das buscas. Em entrevista à BBC, John Fitzgerald mostrou-se bastante pessimista sobre achar o jogador com vida, indicando que a baixa temperatura da água no Canal da Mancha seria o maior empecilho para a sobrevivência.
– Infelizmente, eu realmente não acho, pessoalmente, que há alguma esperança. Nesta época do ano, as condições lá fora são muito ruins se você realmente estiver na água – opinou o líder das buscas.
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Sala vem recebendo homenagens em Nantes e Cardiff — Foto: AFP
Para Fitzgerald, até sobreviver na água nestas condições seria inviável até mesmo para “a pessoa mais em forma”. Entretanto, as buscas seguem no Canal da Mancha, após serem retomadas na manhã desta quarta-feira. Estão sendo utilizados três aviões e um helicóptero para tentar encontrar destroços do Piper Malibu, aeronave na qual estava o jogador de 28 anos e o piloto. Ainda há o auxílio de imagens via satélite, mas nada foi encontrado até agora.
A polícia de Guernsey, entretanto, ainda trabalha oficialmente com quatro possibilidades, e uma delas seria a de que Sala e o piloto conseguiram entrar em um bote salva-vidas e podem ter se deslocado. As outras hipóteses são: o avião fez um pouso de emergência em outro local e não conseguiu fazer contato; o avião pousou na água, os dois foram resgatados por um navio e ainda não fizeram contato; o avião foi destruído no contato com a água.
– Nossa área de busca está priorizando a opção do bote salva-vidas. Mais atualizações virão de acordo com as informações disponíveis – disse a polícia em comunicado oficial.
Os oficiais, entretanto, afirmam que no caso da quarta hipótese – destruição da aeronave no contato com a água – a chance de sobrevivência seria muito pequena, de fato. Sala e o piloto estão desaparecidos desde a noite da última segunda-feira, quando o avião deixou a cidade de Nantes rumo a Cardiff.
A aeronave voava a 5 mil pés de altura, quando solicitou autorização para descida e perdeu contato quando estava a 2,3 mil pés, sumindo dos radares perto do farol de Casquets – local famoso por ser palco de muitos naufrágios, segundo a imprensa inglesa.
Na última nota emitida pela polícia de Guersney, após uma busca de cinco horas na manhã desta quarta e ainda não há vestígios da aeronave. Mais tarde, será tomada a decisão de seguir ou não com a procura nas próximas horas.
