Rui Car
26/01/2017 15h40 - Atualizado em 26/01/2017 14h02

Jakson Follmann relembra acidente e avisa: ‘Fevereiro quero estar caminhando’

Ele foi ao programa de Fátima Bernardes

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Às vésperas de completar dois meses do acidente aéreo que sofreu com o time da Chapecoense, Jakson Follmann, um dos quatro brasileiros que sobreviveu, participou do Encontro desta quinta-feira (26/1) e relembrou os momentos difíceis que viveu. “O que me ajudou bastante foi a minha força de vontade. Nunca perdi o sorriso no rosto e procuro ser a pessoa que eu sempre fui antes do acidente. Procurei ser assim nos 56 dias em que estive no hospital. Minha família e amigos ajudaram muito. Graças a Deus, estou aqui”, disse, emocionado.

 

Tinha muito medo de morrer e pedia força para Deus. Só fui ter ideia de tudo o que aconteceu três dias depois” Follmann, sobre os momentos no hospital

 

Com os olhos marejados, Follmann contou o que sentiu nos primeiros minutos após a queda do avião na Colômbia: “Quando abri os olhos, estava muito escuro. Tentava levantar, mas não conseguia. Ouvia meus companheiros gritando, pedindo socorro, mas não conseguia ajudar. Tinha muito medo de morrer e pedia força para Deus. Só fui ter ideia de tudo o que aconteceu três dias depois, quando acordei e a minha família chegou. Minha mãe me deu um beijo. Depois, a minha noiva e o meu pai. Foi ali que acordei, depois de três dias em coma. Ali, eu sabia que estava bastante machucado e precisava ser forte. Tinha a preocupação em mostrar que não estava sofrendo”, contou o goleiro. 

 

Follmann quer usar prótese para voltar a ficar de pé

“Hoje, o meu sonho é voltar a caminhar, ficar em pé. Poder ir ao banheiro sozinho, sair com os meus pais caminhando. Sinto muita falta disso”, disse Jakson. Em seguida, dr. Edson Stakonski, que estava na plateia do programa, explicou sobre o tratamento para a colocação da prótese: “Na semana que vem ele já começa o processo. Temos uma meta”. Ao querer saber qual é a meta, Follmann explicou para Fátima: “Até final de fevereiro quero estar caminhando, se Deus quiser”. Ao ser questionado se pretende tornar-se um paratleta, ele garantiu: “Penso sim. O esporte me deu tudo o que tenho hoje. Depois que eu colocar a prótese, vou querer participar de outros esportes e fazer outras coisas. Até mais do que eu fazia antes”. 

 

Com saudade de seu violão, Follmann explicou que faz tempo que não toca, mas arriscou um sertanejo no palco. A música foi dedicada para a noiva. “Ela gosta muito dessa música, “A Flor e o Beija-Flor”, do Henrique e Juliano”, disse o atleta, que quer recuperar a voz para também voltar a cantar.

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