Inter vive prova de fogo com zaga reserva e inédita para retomar solidez contra Corinthians

Em Itaquera, o Colorado tentará retomar a solidez da segunda melhor defesa da competição, vazada duas vezes na derrota por 2 a 1 para a Chapecoense. E fará com uma dupla de zaga totalmente reserva e inédita, formada por Klaus e Emerson Santos, graças às baixas de Rodrigo Moledo e Víctor Cuesta.

Os dois zagueiros titulares forjam uma parceria de afinidade e segurança em frente à meta colorada, capazes de construir um histórico de apenas nove gols sofridos em 17 jogos, dos quais 11 sem ser vazado pelo Brasileirão. Ambos recebem elogios recorrentes pelas características complementares – o camisa 4 por sua maior imposição física, e o gringo pela técnica – para forjar um dos pilares da equipe de Odair Hellmann. E serão baixas por tempos e motivos distintos.

Cuesta é desfalque pontual, suspenso após ter sido expulso contra a Chapecoense. Moledo, por sua vez, sofreu uma lesão muscular na coxa esquerda, que o tirará de combate por até quatro semanas.

As ausências obrigam Odair Hellmann a formar sua nona dupla de zaga no ano. Pesa em favor de Klaus e Emerson Santos o tempo de treinamentos. Ambos costumam afiar o entrosamento sempre lado a lado nas atividades, como ocorreu já nesta quarta-feira, num trabalho tático em campo reduzido apenas com reservas no CT do Parque Gigante.

O treino, aliás, apresenta uma eventual dificuldade a mais para os dois zagueiros reservas: a possível ausência de Rodrigo Dourado. Recuperado de uma contusão no pé direito, o volante era atração da atividade, mas voltou a sentir o problema no local e retomou o status de dúvida de peso. Emerson Santos também manifestou desconforto, mas deixou o gramado normalmente.

Mas o histórico também é favorável à dupla. Em especial, a Emerson. Contratado pelo clube durante a parada da Copa do Mundo, o zagueiro atuou em três jogos e ainda não viu a equipe sofrer um gol sequer com sua presença em campo. Klaus, por sua vez, não atua desde a derrota por 2 a 1 para o América-MG, pela 15ª rodada. Ele perdeu o posto de titular para Rodrigo Moledo na reta final do Gauchão. São 12 jogos, com um total de 12 gols sofridos (confira os números acima).

Assim, os companheiros atenuam as ausências de peso, até pela mecânica de atuação da equipe. Fora a oscilação contra a Chapecoense, o Inter costuma pressionar os adversários na saída de bola e iniciar a marcação ainda no campo de ataque.

– São grandes jogadores o Moledo e o Cuesta, mas fico tranquilo de ter Emerson e Klaus. Campeonato não se constrói em cima de um jogador específico. A gente vem falando isso há um tempinho. Não tem jogador em destaque. A gente tem grandes peças de reposição e espera que façam o que fazem de costume – afirma o atacante William Pottker.